Aconteceu na tarde desta terça-feira (14) a 6ª sessão ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Itajaí, que apura fatos investigados pela Operação Parada Obrigatória, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Durante a reunião, o funcionário do pátio de veículos, Giovani Cândido, prestou depoimento.
Para a mesma sessão também estava previsto o depoimento de Júlio Cesar Fernandes, proprietário do pátio. O empresário compareceu, mas não foi ouvido pelos parlamentares. Júlio solicitou que o depoimento fosse reagendado para a próxima semana, pois o seu advogado não pode acompanhá-lo em virtude de uma viagem.
Já Giovani Cândido respondeu às perguntas dos vereadores por cerca de uma hora. Ele informou que trabalha no pátio de veículos desde 2012 e que exerce a função de auxiliar administrativo. Giovani disse ainda, que liberou diversos veículos apreendidos sem a apresentação dos documentos necessários. Segundo ele, a prática era autorizada pelo dono do pátio, a pedido de José Alvercino Ferreira, desde a época em que ele coordenava o Trânsito na cidade até o período em que atuou como vereador. Entretanto, ele não soube precisar quantos veículos foram liberados de forma irregular ao longo dos últimos anos.
Para a próxima sessão ordinária da CPI, agendada para a próxima segunda-feira (19) às 15h, devem ser intimados a depor o ex-coordenador de trânsito de Itajaí, William Gervasi, o funcionário do pátio de veículos, Jorge Luiz Zunino e ainda o empresário Júlio César Fernandes.
Júlio já prestou depoimento à CPI no dia 29 de setembro, mas não esclareceu todos os questionamentos dos parlamentares, pois aguardava a homologação do acordo de delação premiada que fez com a Justiça, o que ocorreu na última semana.