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Perícia levanta duas hipóteses de causas do incêndio no Warung Beach Club

É possível afirmar tecnicamente que as chamas se desenvolveram no local definido como Bar 5

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), em conjunto com a Polícia Científica, realizou a perícia de incêndio no Warung Beach Club localizada em Itajaí. As ações de coleta de dados duraram cerca de cinco horas. Alguns materiais relacionados ao fato foram coletados para exames preliminares.

Mesmo após todo esforço dos peritos, não foi possível identificar a causa do incêndio. No entanto, hipóteses foram levantadas e testadas, restando ao final apenas duas plausíveis: falha de equipamento ou fenômeno termoelétrico. Para fins criminais, destaca-se que não foram encontrados vestígios materiais que indicassem ação humana voluntária.

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Seguindo a metodologia de investigação de incêndio, foram realizadas as diligências no espaço em busca do foco inicial para descobrir a causa. As marcas de combustão encontradas, bem como o sentido de propagação das chamas levaram à hipótese de que o fogo teria iniciado no piso térreo em uma área denominada Bar 5, onde havia um refrigerador. A fiação elétrica apresentou traços de fusão, indicando que a rede elétrica permaneceu energizada durante o incêndio. O refrigerador foi analisado detalhadamente, seu compressor foi aberto para observar as marcas de combustão e foi constatado que não foi ali que surgiu o incêndio.

A dificuldade para localizar o foco inicial é proporcional ao tamanho e à duração do incêndio. Após análise, por meio de exames visuais dos padrões de queima, dos vestígios, as direções, os sentidos de propagação das chamas procurando localizar os pontos de origem do incêndio, bem como com o auxílio de imagens realizadas no momento do incêndio, é possível afirmar tecnicamente que as chamas se desenvolveram no local definido como Bar 5.

O incêndio, que ocorreu na manhã do dia 22 de fevereiro, foi combatido por cerca de 25 bombeiros militares e foram utilizados em torno de 300 mil litros de água. O tempo de resposta, ou seja, tempo de deslocamento dos bombeiros militares mais próximos, foi de 15 minutos, mesmo tempo estimado pelo Google Maps conforme trânsito local. A primeira ligação na central de atendimento 193 foi registrada às 10h28.

O local possuía habite-se do CBMSC, estava regularizado, mas não foi possível utilizar o sistema hidráulico preventivo durante o combate por conta do rápido alastramento do incêndio que ocasionou o colapso da estrutura e, consequentemente, prejudicou este sistema. Além disso, as características do terreno dificultaram o acesso ao combate direto às chamas.

Por ser construída essencialmente em madeira, possuir cobertura de telha asfáltica, manta a base de polímero sintético e, em razão do colapso dessa estrutura e a grande carga de incêndio, houve dificuldade na coleta de dados. Diversas evidências referente a origem do incêndio foram perdidas devido a queima intensa e prolongada dos materiais construtivos. Após extinção das chamas, na fase de rescaldo e resfriamento dos remanescentes do incêndio, foi preservado o local de origem do incêndio para que fosse realizada a coleta dos dados.

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