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Menina de 12 anos é a primeira morte confirmada por H3N2 em Santa Catarina

Idosa de 96 anos também foi vítima fatal da Influenza

Dois óbitos por gripe em Santa Catarina foram divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) nesta quinta-feira, 30.dez.2021. Uma menina de 12 anos teve morte confirmada para influenza A H3 residente no município de Brusque e outra de 96 anos, residente no município de Joinville com influenza A (não subtipado).

Até o mês de dezembro de 2021 a DIVE registrou 55 casos de influenza em Santa Catarina, sendo: (1) caso de influenza A (H1N1) pdm09, (2) casos de influenza B, 47 casos de influenza H3 e 5 casos de influenza A (não subtipado ou inconclusivo).

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O Click Camboriú já havia antecipado que Santa Catarina estava passando por surto de influenza e que os casos não estavam sendo registrados. Isso significa que os números registrados pela DIVE são subestimados e não correspondem a realidade.

Em Santa Catarina, a vigilância do vírus influenza ocorre através das coletas realizadas semanalmente nas Unidades Sentinelas para Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), além da análise de todos os casos de SRAG internados em UTI e óbitos. As Unidades Sentinelas para SG estão localizadas nos municípios de Chapecó (1), Concórdia (1), Criciúma (1), Florianópolis (1), Joaçaba (1), Joinville (1) e São José (1) e para SRAG nos municípios de Florianópolis (2) e Joinville (2).

Considerando que nem todos os casos suspeitos realizam a coleta de amostras, é preciso cautela com a análise do número de casos. O objetivo da vigilância é identificar a circulação do vírus, dessa forma, a Nota de Alerta Conjunta nº 21/2021 GEDIM/DIVE/LACEN/SUV/SES/SC reforçou a necessidade de os serviços de saúde considerarem o vírus influenza como agente etiológico de casos de SG e SRAG, principalmente na população de maior risco, como crianças, idosos e portadores de comorbidades.

Na avaliação do diretor da DIVE/SC, João Augusto Brancher Fuck, embora os resultados sobre a proteína da superfície neuraminidase (N) ainda não tenham sido divulgados, é provável que o vírus circulante no Estado seja o H3N2, considerando as informações sobre a doença nos outros estados do país. “A prevenção é uma das formas da população ficar protegida. A ventilação natural dos ambientes é uma das principais medidas de prevenção da gripe e de diversas outras doenças de transmissão respiratória, como COVID-19, resfriado, meningite, entre outras”. O diretor completa que a chamada Etiqueta da Tosse é fundamental para a prevenção. Isso porque as gotículas infecciosas expelidas em tosses ou espirros podem alcançar até 1,5 metro de distância, atingindo pessoas e toda a região próxima.

Importância do tratamento
O início do tratamento não exige confirmação diagnóstica laboratorial, ficando a critério médico. Destaca-se a importância da prescrição do fosfato de oseltamivir para todos os casos de SG que tenham condições e fatores de risco para complicações, independentemente da situação vacinal, mesmo em atendimento ambulatorial. O medicamento está disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), em todos os municípios catarinenses.

Campanha de vacinação
Para a realização da 23ª Campanha Nacional de Vacinação, realizada entre os dias 14 de abril a 09 de julho de 2021, o estado distribuiu 2.757.310 doses da vacina – que nesta temporada era composta pelos vírus inativados A/Victoria/2570/2019 (H1N1) pdm09, A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2) e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).

Com o final da campanha, o Ministério da Saúde (MS) recomendou a continuidade da aplicação da vacina, para toda a população a partir dos 6 meses de idade, além dos grupos elencados como prioritários. Assim, a DIVE/SC encaminhou o Ofício Circular 088/DIVE/2021 reforçando o uso das doses que ainda estejam disponíveis nos estoques municipais, até o vencimento ou até a recomendação de descarte pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI)/MS. A cobertura vacinal alcançada foi de 67,5%.

Influenza
O vírus influenza é uma doença infecciosa febril aguda com maior risco de complicações em alguns grupos vulneráveis. A doença pode evoluir para formas mais graves, como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e até óbito.

“Espaços fechados retêm umidade e calor, fazendo com que vários micro-organismos de transmissão respiratória permaneçam viáveis por mais tempo no ambiente e, com a aglomeração de pessoas, favorecem a transmissão dos mesmos”, explica o médico infectologista Fábio Gaudenzi. “É importante, ainda, que objetos de uso pessoal não sejam compartilhados e que as mãos sejam lavadas várias vezes ao dia, com água e sabão, ou higienizadas com álcool gel, pois as superfícies tocadas podem estar contaminadas”, acrescenta.

Medidas de prevenção
• Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel;
• Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
• Cobrir o nariz e boca com o antebraço ao espirrar ou tossir;
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• Manter o uso da máscara, especialmente nos locais pouco ventilados ou em que não é possível manter o distanciamento social;
• Manter os ambientes bem ventilados;
• Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
• Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
• Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
• Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

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