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Preço da cesta básica cai pelo terceiro mês consecutivo, em Itajaí

Clima contribuiu novamente para baixa dos produtos in natura

Pelo terceiro mês seguido o preço da cesta básica teve queda, em Itajaí (SC). Desta vez, a redução foi de 0,94%, passando de R$392,63 em agosto para R$388,94 em setembro. Os dados são do Projeto Cesta Básica Alimentar da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que elabora o indicador com monitoramento da Uni Júnior, a partir de pesquisa realizada em seis supermercados da cidade.

Desta vez, do painel de 13 produtos analisados, seis produtos tiveram redução de preço e contribuíram para esta baixa do custo total da cesta básica, foram eles: a batata (21,51%); o café em pó (17,24%); o arroz (11,49%); o feijão preto (9,36%); o tomate (9,18%); e a carne (1,29%).

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Mesmo com essa queda, em 2019, o custo da cesta básica acumula uma alta de 7,1% e se comparado setembro deste ano com o mesmo período do ano passado, a alta é de 10,94%, superior ao índice de inflação, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), atualmente em 3,75%. No ano, ou seja, em relação a dezembro, somente o tomate, a batata e o café estão mais baratos. Na outra ponta, o destaque vai para a farinha de trigo (44,87%), o açúcar (25,60%) e o arroz (22,70%), que apresentam as maiores altas. No comparativo de preços dos produtos deste mês com setembro de 2018, destacam-se o leite LV, com uma queda de 12,93%, e a batata, com aumento de 101,44%.

Os dados da pesquisa de setembro revelam que o clima é o mais importante fator na variação de preço no mercado, principalmente os in natura, como o tomate e a batata que apresentaram queda em seus preços. Em contrapartida, os pesquisadores chamam a atenção para o aumento de preço da banana, que já era esperado pelo mercado em função das chuvas, justificada também pela baixa oferta e do consumo. Eles também alertam sobre a baixa no preço da carne, que apesar de apresentar percentual pequeno, tem peso de 35,33% no custo total da cesta.

Para os próximos meses os preços dependerão, mais uma vez, das condições climáticas, do preço do combustível e da instabilidade política e econômica no Brasil e no exterior. “Tivemos altas expressivas nos combustíveis no final de setembro, que devem impactar nos preços em outubro. Já a alta do dólar deve impactar nos produtos comommodities. Outro fator que pode contribuir, em longo prazo, é o aumento do ICMS em Santa Catarina”, comenta o professor Jairo Ferracioli Júnior, economista e professor responsável pelo projeto.

Poder de compra do trabalhador

Com essa queda houve uma ligeira melhora do poder de compra do trabalhador assalariado. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 39,34% em agosto para 38,97% em setembro, acima do custo de referência de 33,63%. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 85 horas e 43 minutos de um total de 220 horas mensais.

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