Pesquisa realizada pelo Sinduscon de Balneário Camboriú e Camboriú e divulgada nesta terça-feira (26/11) reitera a força da construção civil enquanto um dos mais potentes setores econômicos das duas cidades. A geração líquida de empregos entre 2006 e 2012, nessa atividade, representou 25% de todas as vagas geradas na região, sendo que em alguns anos, a oferta líquida de empregos em Balneário Camboriú representou próximo de 40% de todo o saldo na cidade.
Segundo os idealizadores do estudo, esta é a primeira vez em Santa Catarina que é desenvolvido e apresentado um raio-x imobiliário deste porte. “São indicadores fundamentais que nos permitem compreender melhor o movimento de mercado e servir de ponto de partida para o desenvolvimento de inúmeros projetos, não somente da iniciativa privada, mas também do poder público. A proposta do Sinduscon com este estudo é contribuir com a tomada de decisões atuais e futuras, alicerçando iniciativas que visam o desenvolvimento sustentável da nossa cidade”, aponta o presidente da entidade, Carlos Humberto Metzner Silva.
Balneário Camboriú é a segunda cidade mais verticalizada do Brasil, com 57% dos domicílios ocupados sendo apartamentos. Fica atrás somente de Santos, no litoral paulista. Por ser um balneário reconhecido, a movimentação turística faz aumentar o desejo pela aquisição de imóveis na cidade, outro motivo que alavanca o setor construtivo. Dos visitantes de Balneário Camboriú que procuram imóvel, 31% têm interesse em imóveis para moradia, 21% para investimento e 47% para lazer. Vale ainda ressaltar que mais de 80% da procura na cidade é por imóveis verticais.
Economia fortalecida pelo setor
Outros números importantes referem-se à participação da construção na geração de riqueza na região. Somando-se as duas cidades analisadas, entre 2008 e maio de 2013, a área liberada por alvarás de construção coloca a região como o terceiro maior volume de construção do Estado, com quase 7 milhões de metros quadrados autorizados para obras. Em valores correntes de multiplicação pelo Custo Unitário Básico da Construção na região, a riqueza gerada no período pode ser estimada em quase R$ 9 bilhões.
E mesmo com o aquecimento da oferta, os dados apontam que os entrevistados acreditam no crescimento. Mais de 70% responderam que os preços permanecerão estáveis ou irão continuar aumentando. Isso demonstra que o mercado regional apresenta perspectivas futuras favoráveis: boa intenção de compra, avaliação boa ou excelente das construtoras locais, consolidação da cidade como destino ou moradia, imóveis em linha com o perfil demandado e crença no valor do investimento pela estabilização ou valorização.