“Temos tudo o que um grande centro urbano precisa para manter-se ativo, como aeroporto, porto, boas estradas, rede hoteleira, Receita Federal, Polícia Federal, hospitais, universidades e todos os demais equipamentos, sem contudo perdermos a simplicidade de vida e a facilidade de aceso a esses equipamentos comuns nos pequenos municípios”. A afirmação é do Secretário da Fazenda da Prefeitura de Itajaí, Marcos de Andrade, ao avaliar os dados divulgados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontando Itajaí na 35ª posição no Ranking das cidades com o maior PIB brasileiro. Segundo os dados do IBGE, Itajaí é o segundo maior PIB do Estado, ficando atrás apenas de Joinville, que ocupa a 25ª colocação no ranking.
O PIB – Produto Interno Bruto, é a soma de todas as riquezas produzidas numa determinada região durante um período. A pesquisa divulgada nesta quarta-feira (12) pelo IBGE, tomou como base os dados de 2010. Naquele ano, Itajaí contribuiu para gerar 0,4044 por cento de toda a riqueza nacional. Joinville gerou 0,4939% deste valor.
Outro item bastante importante para se medir o desenvolvimento sócio-econômico de uma região é o PIB per capta, ou seja, a divisão da riqueza de uma região dividida pelo número de habitantes. Neste Ranking, Itajaí ocupa a 34ª posição nacional e, no Estado, fica novamente em segundo lugar, perdendo apenas para o município de São Francisco do Sul, em 26º.
Marcos Andrade explica que o PIB per capta é um índice que aponta diretamente para a qualidade de vida do cidadão. “O PIB per capta representa a riqueza gerada por uma região dividida pelo número de seus habitantes. Assim, ocupam as melhores posições aqueles municípios com menor número de habitantes mas com empresas que geram grandes riquezas”, explica.
Isso explica o porquê do primeiro lugar no ranking do PIB Per capta ser a cidade de São Francisco do Conde, na Bahia, que possui uma população de 33.172 habitantes. Acima de Itajaí no Ranking do PIB Per capta nacional, apenas outros dois municípios possuem mais de 150 mil habitantes: Barueri (SP), com 240.656 habitantes; e Parauapebas (PA), com 153.942 pessoas.
O Secretário da Fazenda destaca, ainda, que Itajaí encontra-se bem posicionado no ranking nacional e estadual do PIB graças ao setor de prestação de serviços. “Nossa economia não fundamenta-se na produção industrial ou agrícola. É nossa rede de logística na área da importação e importação, incluindo a atividade portuária, aliada à nossa posição geográfica, que garante nossa boas colocações no cenário econômico nacional”, enfatiza.
Neste contexto, o secretário aponta o material humano como nossa maior riqueza. Segundo ele, a cadeia logística agrega fatores como localização, facilidade de deslocamento e equipamentos, mas nada disso funciona sem pessoal habilitado e com competência para a atividade. “Somos especialistas na área de logística e isso faz a diferença. Quando uma empresa manifesta interesse por Itajaí, é porque temos condições de atender a demanda de profissionais que ela vai gerar”.
Marcos Andrade fala, ainda, que o Governo Municipal tem papel importante na manutenção dessa condição favorável para Itajaí. “É um trabalho conjunto entre os diversos setores da Administração Municipal que conta para esses resultados positivos. De um lado, temos a Secretaria de Desenvolvimento Econômico que ‘vende’ a boa imagem da cidade. De outro, a Secretaria da Fazenda que agiliza todos os procedimentos para viabilizar o novo empreendimento e, noutra vertente, temos a Feapi – Fundação de Ensino do Município, que capacita de imediato o profissional que a empresa vai absorver. Essa conjugação de esforços é fundamental para garantir o crescimento”, acrescenta.
Com relação ao futuro, o Secretário de Fazenda acredita que se mantenha o crescimento, porém em ritmo um pouco menos acelerado. “O Estado inteiro teve uma desaceleração do crescimento econômico sentido por todos os municípios em maio deste ano. Percebemos a retomada deste crescimento no momento atual, mas em ritmo menos intenso, e que deve se manter pelos próximos meses”, explica.
Para Itajaí, contudo, o secretário vê boas perspectivas futuras em virtude dos eventos internacionais como Transat Jacques Vabre e a Volvo Ocean Race, que virão para a cidade respectivamente em 2013 e 2015. “A inserção de Itajaí nestes eventos tem ‘vendido’ a imagem da cidade internacionalmente e já estamos começando a sentir o retorno destes eventos”, conclui Marcos Andrade.