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O estarrecedor caso do fotógrafo que abusou de modelos teens por quase 30 anos

Click Camboriú recebeu enxurrada de relatos após expor caso sobre venda de fotos em site intencionalmente bloqueado no Brasil

Fotógrafo, agenciador de modelo, coordenador e jurado de concurso de beleza. Esse é Jorge Moura, segundo suas redes sociais — agora desativadas após denúncias de importunação sexual, assédio, abuso sexual, estupro e venda de conteúdo sem conhecimento de suas modelos.

Na sexta-feira, 25.mar.2022, uma das modelos agenciadas por Jorge procurou o Click Camboriú para denunciá-lo. Ela registrou um Boletim de Ocorrência denunciando a venda sem consentimento de fotos suas, feitas pelo fotógrafo, em um site que não podia ser acessado no Brasil, o thepeopleimage.com.

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No Boletim de ocorrência, a mãe relata que Jorge informou que as fotos iriam para um banco de imagens e que ele fez ela assinar um documento que o autorizava a divulgar a imagem de sua filha, mas que não lhe forneceu uma cópia, e que ao questionar sobre o destino das fotos da adolescente, o agenciador alegou que seriam usadas somente para a divulgação de marcas de vestuário.

A adolescente também nos contou que encontrou fotos de várias meninas, que também eram fotografadas pelo mesmo fotógrafo, sendo vendidas no mesmo site, supostamente estrangeiro. O thepeopleimage.com está hospedado fora do Brasil, é intencionalmente bloqueado no país para não ser encontrado pelas modelos, tem cara de site estrangeiro, porém o domínio já esteve registrado com endereço em nome de Rui Wippel, que também é fotógrafo em Balneário Camboriú. Rui já respondeu processo por venda de pornografia infantil na internet mas recorreu e conseguiu se livrar da condenação por falta de materialidade. A defesa alegou que, como as meninas estavam de roupa em todas as fotos, isso não seria pedofilia. Além deste domínio, ele tinha registro de outros dois: wearelittlestars.com e incbash.net, ambos expondo crianças.

Um caso que pode ajudar a entender como funciona essa indústria do “No Nude” — uma modalidade de “pedofilia legalizada” com crianças fazendo poses sensuais, mas com roupa — é o que ocorreu com J.N., há cerca de 15 anos. Ela foi fotografada aos 13 anos de idade por Jorge Moura e outros três fotógrafos estrangeiros, um da Califórnia (EUA), um da Guatemala e outro do México. Na internet, ela era conhecida como T.M., mas não sabia que era famosa fora do Brasil. A personagem T.M. tinha um site oficial, que não era de conhecimento da então adolescente, onde era possível obter uma assinatura por $21.95 para ter acesso às suas fotos sensuais. Esse esquema foi replicado para outras dezenas ou centenas de meninas fotografadas por Jorge Moura.

ATUALIZAÇÃO: Fotógrafo é preso pela PF, por produzir e comercializar imagens eróticas de crianças e adolescentes

ESTUPRO, ASSÉDIOS, ABUSOS, CONSTRANGIMENTOS E IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

Após a divulgação da primeira denúncia, dezenas de adolescentes, mães e vítimas que hoje são adultas, enviaram seus relatos sobre abusos, e em 100% dos casos as vítimas citavam o nome do Jorge Moura.

A mesma menina que enviou a denúncia da venda das fotos, contou que sofreu assédio por parte do fotógrafo quando tinha 14 anos. De acordo com o B.O., a menor foi vítima de importunação sexual, e do crime do artigo Art. 218-C, incluído pela Lei nº 13,718, de 2018. No boletim, a mãe da vítima relatou que que Jorge presentou sua filha com lingeries, biquínis, salto alto, e roupas. A mãe narra que em uma das sessões de fotos, em fevereiro de 2021, enquanto terminava de se arrumar para ser fotografada, Jorge entrou no carro com a menor, a encarou dizendo que seu olhar era sensual e acariciou sua perna, próximo a sua virilha. Relata que Jorge, nesse mesmo dia, ao dizer que iria arrumar o cabelo da menor, por estar bagunçado, deu um beijo no pescoço da menina, sem seu consentimento.

Todos os relatos são muitos parecidos e seguem o mesmo padrão. As meninas são abordadas nas redes sociais e são chamadas para fazer um avaliação para se tornarem modelos. As fotos normalmente são feitas na Barra Sul. Após a primeira sessão as meninas são levadas para o estúdio do fotógrafo, onde ele pede que ninguém fique junto, nem os responsáveis legais. Em inúmeros relatos, as vítimas contam que sofreram abusos nesse local.

Tivemos acesso a outro boletim de ocorrência que relata um estupro de adolescente. A mãe conta que em 2017 tomou conhecimento através de sua filha de 17 anos de que tinha sido vítima de estupro praticado pelo seu fotografo no estúdio em Balneário Camboriú. Segundo o relato, a adolescente estava estava sozinha com Jorge em curso preparatório de modelo, quando no final do curso Moura se aproximou e pediu se poderia tocar em seu rosto, e que ia lhe ensinar a fazer caras e bocas. Ele começou a passar a mão na face e, com isto, ficou excitado e começou a passar as mãos no corpo, inclusive ergueu a saia do vestido, obrigando-a a deitar no chão. Após, puxou sua calcinha para o lado, praticou sexo oral e penetrou o dedo na vagina da vítima. A menina pediu para Jorge parar, mas ele atendeu somente no segundo pedido. Depois, ele pediu a ela para que virasse de bruços e fez carinhos, agradecendo “pela confiança” e pedindo que não contasse para ninguém.

O Click Camboriú também recebeu uma denúncia anônima de que Jorge Moura já responde por dois processos, que correm em segredo de justiça. Um por favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável e o outro por estupro de adolescente. Por estarem em segredo de justiça, não conseguimos ter acesso aos autos.

RELATOS

Existem muitos relatos de vítimas que passaram por situações parecidas e que nunca tiveram coragem de expor. Os relatos são os mais diversos e selecionamos alguns para mostrar na matéria:

Caso aconteceu em 1994/1995. “Eu tinha 14/15 anos e um sonho. “Eu tentei por quase 30 anos, apagar os fatos da minha mente, por um tempo eu até consegui, mas ler os depoimentos me fez passar um filme e me trouxe dor e vergonha novamente. A conversa a mesma, o mesmo discurso hipócrita: “todas as modelos fazem, pra ser modelo tem que ser sensual, mas sem ser vulgar.” “Você acha que a Ana Paula Arósio ficou famosa como?”. E ele sabia que pra mim ela era um ícone. Lógico que eu naquela idade, ainda virgem, não sabia o que era fazer poses sensuais, cara de sensual. Extremamente tímida por sinal. Ele me fez vestir um top, uma saia e pediu que eu deitasse no chão do estúdio e disse: “você já fez Sexo oral?” Eu afirmei que nunca. ” Então só relaxa que eu vou te beijar e o que você irá sentir é a expressão de prazer que eu quero que vc repita nas fotos”. E beijou, lambeu….O pior foi que eu não senti nada, eu congelei, paralisei e claro, não consegui reproduzir a tal “expressão sensual” nas fotos. Eu vou denunciar, finalmente me libertar e tratar essa ferida.”

Ela foi vítima de assédio quando era adolescente; anos depois, sua filha foi abordada no Instagram. “Na época eu tinha apenas 14 anos, o Jorge Moura queria me indicar como miss, porém disse que pra me ganhar teria que deixa ele cuidar de mim. No estúdio lá em cima sozinha com ele tentou me beijar. Isso foi horrível nojento, acabou com vários sonhos que eu tinha e depois disso não fui mas a mesma pessoa. Ele sempre mostrava como fazer as poses tocava em mim para mostra a pose correta. Uma das poses deitada ele colocou minha mão em suas partes íntimas no momento eu me levantei, e ele falou tenha calma, estou tentando te tornar uma boa modelo, depois desses fatos eu saí da agência. Hoje, após 11 anos tenho uma filha de 4 anos e ele chamou no Instagram dela convidando pra ser miss mirim BC. Voltou a minha memória tudo que ele fazia e pelo visto ainda faz com as modelos e algo muito triste.”

Vítima relata o pesadelo que viveu durante anos e que ainda enfrenta. “O fotógrafo é o Jorge Moura? Se for, é o mesmo que o meu. Passei pelas mesmas coisas de todos os relatos. Durante anooooos. Ele entregava as fotos em CD, devo ter mais de 60 CDs com 400 fotos cada um. Comecei a fazer fotos com ele quando tinha uns 7 anos mais ou menos e fui até minha pré-adolescência. Mas minha mãe muito ingênua não percebeu tudo isso, parei quando ficamos sabendo das fotos nesse tal site estrangeiro. E todas as peças foram se encaixando. Sofro até hoje com essas fotos. Tem algumas que são achadas no Google digitando meu nome completo. (Não uso meu sobrenome do meio por isso), me sinto mal com a exposição. Tem fakes com minhas fotos, com mais de 18k de seguidores só de homens nojentos, eles usam outros nomes, e tem vários. Não consigo nem escrever direito, de tão mal que estou lendo tudo isso. Foram anos ouvindo cada besteira desse homem, eu era uma criança meu Deus.”

Foi molestada e nunca denunciou porque foi ameaçada. “Quando EU tinha 12 anos fazia foto com Jorge Moura, um dia ele me Chamou pra conversar e me contar como funcionava o mundo da “moda” e então mandou EU fechar os olhos e começou a passar a mão em mim e dizia “está sentindo tesão?” EU TINHA 12 ANOS, 12 ANOOOS. EU fiquei muito assustada estava só eu e ele naquele estúdio e ele não parava. Até que viu que EU estava nervosa e foi busca um copo de agua, enquanto isso peguei o celular coloquei uma música e finge que minha mãe estava lingando vindo me buscar. Então ele me olhou e disse: ‘tudo bem, se você abrir a Boca pra contar pra alguém eu acabo com a tua vida assim como eu acabei com a de muitas’. Foi o pior dia da minha vida, eu só chorava, não contei para ninguém, nem par a minha mãe. A primeira pessoa que foi saber foi minha psicóloga, sim, eu tive que fazer terapia. Minha psicóloga sempre me incentivou a fazer um B.O. mais eu sempre tinha medo afinal hoje já tenho 24 anos. É um alivio pra mim, saber que tudo está vindo a tona e espero que a justiça seja feita.”

Tentou beijar menina de 11 anos. “Faz mais de 20 anos que fiz fotos com ele com o intuito de ser modelo. Com apenas 11 anos ele me levou para balada se não me engano a Baturité para divulgar nossa imagem na volta ele me deixou por último para levar para casa e tentou me beijar em frente a minha casa, eu tremia de medo e logo sai do carro. Outras situações era na avaliação que ele pedia para fazer, tinha que ficar apenas de calcinha ,ele fazia tirar o sutiã para fazer as medidas sempre encostava no meu seio na hora de passar a fita métrica e ele dizia que eu tinha que perder a vergonha pois na vida de modelo sempre tínhamos que trocar de roupa na frente de outras pessoas.”

Procuraram a justiça, mas o fotógrafo ficou impune. “É inacreditável como esse homem ainda não foi preso, na época que aconteceu comigo com 13 anos e minha irmã com 10 anos, nós duas tirávamos fotos com ele, os relatos todos são muito parecidos, nós denunciamos, fizemos boletim, fui depor na delegacia da mulher, mas não aconteceu simplesmente nada com ele. Nossa mãe ia conosco em todos os ensaios, e ele não gostava, sempre tentava um jeito de deixar ela afastada, sempre queria que a gente fizesse poses muito sensuais, não queria que a gente usasse sutiã, pois ele falava que marcava nas roupas e ficava feio, os vídeos dançando de biquíni sempre foram muito estranhos, quando eu recebia um dinheiro a mais em datas comemorativas ele mandava eu fazer um vídeo de biquíni agradecendo um tal “PRESENTEADOR” que morava na França e se chamava Frantiesco. E assustador que ele ainda faz isso com diversas meninas.”

Também procurou a justiça e não adiantou. “Eu fiz algumas vezes foto com ele, ele n queria deixar eu me agência em uma agência, falou que se eu me agenciasse ele nunca mais ia fazer fotos minha, fez chantagem comigo. Fui na delegacia depor e tinha vários boletins de ocorrência dele mais ninguém nunca fez nada.”

Passou a mão e tentou beijar. “Fui mais uma vítima, em 2014 fiz uma fotos com ele logo após fazer uma sessão no estúdio com a minha filha, na época com 7 anos. Lembro que ele me deu uns textos para decorar tbm e quando foi para fazer as fotos pediu que minha irmã e minha filha se retirassem da sala e esperassem lá fora. Assim que elas saíram ele me encostou na parede mandou fechar os olhos e começou a passar a mão pelo meu corpo até nas partes íntimas tentando me beijar na boca. Questionei ele sobre aquela atitude e ele falou que era um teste, pois se eu me encaixasse no perfil de atriz eu teria que beijar e fazer cenas de sexo. Fiquei em choque e parei com as fotos. Nunca contei à ninguém até hoje. Em 2020 ele voltou a mandar mensagem para minha filha para ir fazer novas fotos. Fui e levei ela sempre atenta e próxima para acompanhar tudo. Um dia uma pessoa entrou em contato comigo para me alertar sobre o site de venda das fotos fui atrás e encontrei as fotos de quando minha filha tinha 7 anos e as ultimas que havia feito em 2020. Na hora mandei mensagem no WhatsApp dele e questionei. Ele falou que colocava as fotos nesse site porque era dele para divulgação das modelos para futuros jobs e que só pessoas autorizadas tinham acesso.”

Teve suas fotos vendidas. “Tirei fotos um tempo com ele, desde os meus 7/8 até os meus 15 mais ou menos, e no início era ‘tranquilo’ pois nunca quis ir sozinha, mesmo ele não gostando. Ele falava pra mim que eu tinha que ser independente e fazer as coisas sozinha pra me motivar a tirar fotos apenas comigo. Como falei por ingenuidade da minha família, eu tirei fotos anos e no site eu tinha o nome de angélica. Cansei de inúmeros homens nojentos me procurando mais tarde pelas minhas redes sociais como Angélica. Houve homens oferecendo proposta nas minhas redes sociais pra mandar mais fotos pra eles porque eles já me conheciam. Isso porque me reconheciam por esse site de fotos do Jorge. Acredito que ele ganhou muito dinheiro com minhas fotos, porque vivia me dando presentes caros pra continuar fazendo fotos e que eu tinha um grande potencial eu só tinha que começar a tirar as fotos mais sensuais. Parei quando descobri desse site de fotos dele, tenho fotos minhas de biquíni com 7 anos e fiquei traumatizada. Pedi explicação a ele e ele disse não ter conhecimento das fotos sendo que a única pessoa que teria acesso era ele.”

Insistia em falar sobre envolvimento com meninas novas. “Há cinco anos fiz fotos com ele, primeiro no estúdio, ele passou a mão nas minhas partes íntimas, disse que era para eu aprender a fazer cara sensual, relatou várias vezes que achava um absurdo não poder se relacionar com meninas novas, tendo em vista que antigamente se casava com crianças e isso era normal, Até citou um filme da Xuxa como exemplo”, contou a vítima que tinha 19 anos na época.

Ofereceu bebida alcoólica. “Quando tinha 17 anos e participei do miss. Sempre a mesma história, passando a mão pelo corpo, no pescoço, lábios, dizendo que isso faria com que ficasse mais sensual para as fotos, pedia para tirar as roupas íntimas para não marcar a roupa. Na época estava sonhando muito em seguir carreira e tinha medo de perder a oportunidade, por isso fiquei quieta até hoje, que triste saber que não fui a única, até hoje sou traumatizada. Na última ele chegou até a me oferecer bebida alcoólica dizendo que isso iria me deixar mais ‘soltinha’ para fazer as fotos.”

Mãe desconfiou e protegeu a filha de 14 anos. “Eu já fiz fotos com o Jorge Moura, minha mãe me tirou na metade do ensaio. Ele dizia que modelo não usava sutiã, colocava roupas transparentes que ele tinha no estúdio e dizia ser assim. O responsável não podia subir junto, mas minha mãe subiu no meio do ensaio e falou que aquilo não estava certo e me tirou de lá”.

Foi até a polícia e não obteve retorno. “Minha filha fazia ensaios com ele e há uns 2 anos, quando soube desses relatos nunca mais levei. Eu sempre estive presente então nunca aconteceu nada que eu não tivesse visto. Porém 2 situações que me deixaram desconfiada. Foi em que na primeira vez que fomos ao estúdio ele queria que minha menina fosse fazer as fotos somente ela e ele, e eu disse que não, que ela só iria fazer com minha presença em qualquer lugar ele não gostou muito mas aceitou.
E na outra situação descobri que as fotos dela estavam a venda nesse site e detalhe nas fotos o nome dela era outro. Eu o questionei sobre isso, ele disse que as fotos eram vendidas para diversos clientes, fui até a polícia porém não obtive retorno até hoje. Em nenhum momento ele fala que as fotos são vendidas para fora e sim que as fotos são para divulgação da modelo e engajamento. Na época que consegui acessar o site o nome dela está como Juliana”.

Irmãs fizeram fotos sensuais. “Só pelos relatos, imagino que seja o Jorge Moura. Esse cara é psicopata, não sei como ele segue impune até hoje. Eu não lembro o ano certo, 2009 ou 2010. Eu e minha irmã fizemos fotos com ele, fotos sensuais. Até minha irmã que na época tinha apenas 09 anos e eu 17 anos. Fizemos no estúdio e na praia. Studio a troca era somente atrás desse biombo, na praia ele tbm queria que fosse trocar dentro do carro, minha mãe que não deixou.”

Tocou de formas nojentas. “Ele fez o mesmo comigo quando eu tinha 14 anos nunca tive coragem de contar, ele falava que fazia parte do ensaio que eu precisava relaxar, me tocou de formas nojentas, nunca contei pra ninguém sempre guardei por vergonha, eu fiquei imóvel.”

Se arrependeu de não ter denunciado. “Aconteceu exatamente assim com minha filha, ela tinha 5 anos. Achei as fotos dela em um site e de todas as filhas das minhas amigas que tinham feito fotos com ele, fui em cima dele e na época ele falou que ele colocava essas fotos em um banco de dados que teria sido invadido. Mas sei que é história, na época por medo de expôr minha filha e do que meu marido fosse capaz de fazer com ele, deixei assim e avisei todas as mães que estavam fazendo fotos com ele, mas me arrependo por não ter denunciado ele ora polícia, pois agora vejo que continua fazendo a mesma coisa. Provavelmente é essa desculpa que ele vai usar novamente.”

Queria fotografar duas garotas se beijando. “Há mais ou menos 10 anos atrás (quando tinha 17) ele me convidou pra tirar fotos, o mesmo sabia da minha sexualidade, e queria me fotografar beijando outra garota. Sempre achei muito estranha as fotos que ele tirava das meninas, acabei não indo ao ensaio, graças a Deus”.

Disse que parecia uma ex dele. “Infelizmente aconteceu a mesma coisa comigo, isso que nem modelo sou, foi durante um curso em 2017 pra eu aprender fotografia com esse escroto. Estávamos aguardando uma amiga que convidei como modelo, e ele foi um nojento, falando que como eu era iniciante precisava saber modelar pra direcionar minhas futuras clientes, passava a mão no meu rosto de forma nojenta, falava que tinha que saber fazer cara de sexy e em certo momento até falou que eu parecia uma ex dele”.

Abusou e acabou com o sonho da vítima. “Também passei por isso, a uns 5 anos atrás, ele fez um ensaio no estúdio dele e mandou a minha mãe ficar do lado de fora, nisso ele puxou meu cabelo e me colocou na parede, chegou super perto de mim, e eu não tive reação, e como nunca tinha passado por isso não sabia o que estava acontecendo, e voltei pra fazer ensaio com ele na Barra Sul. Toda vez de tirar foto ele ia pra longe da minha mãe e ficava me perguntando: ‘você não gostou do nosso último ensaio? Eu posso fazer melhor’, eu fiquei super assustada, demorou pra eu conseguir contar pros meus pais, e eu nunca mais voltei lá! Eu tinha 14 anos, aquilo mexeu muito comigo, ele acabou com meu sonho de ser modelo.”

Esses e outros relatos estão separados em uma pasta chamada”Relatos” em nosso Instagram: https://www.instagram.com/stories/highlights/18021038542370690/.

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