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Curta-metragem ‘A terra estranha a língua de quem lhe cava’ estreia neste domingo, 20, no Teatro Municipal Bruno Nitz

Filme trata do processo de colonização que tenta sepultar a cultura dos indígenas, os primeiros habitantes do Brasil

Divulgação
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O curta-metragem “A terra estranha a língua de quem lhe cava” será exibido no domingo, 20, às 20h30min, no Teatro Municipal Bruno Nitz, em Balneário Camboriú. A entrada é gratuita. Patrocinado pela Lei de Incentivo à Cultura do município (LIC), o filme trata do processo de colonização que tenta sepultar a cultura dos indígenas, os primeiros habitantes do Brasil.

O projeto do curta-metragem foi proposto pela fotógrafa e produtora audiovisual Dagma Castro. Com 14 minutos de duração, o curta foi filmado em um sítio de Camboriú. O conflito entre não indígenas e indígenas desenvolve-se, na trama, por meio dos personagens Mathias e Beni. Mathias, interpretado pelo ator Luciano Estevão, mora num casebre isolado na floresta.

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Acostumado com a solidão, Mathias perturba-se com uma oca que surge nos arredores da propriedade. A oca é de Beni, interpretado pelo professor kaingang Jocemar Kovenh. Descontente com a presença do vizinho, Mathias quer afastá-lo de perto do casebre. Misteriosamente, um limite invisível forma-se entre os dois, impedindo a ofensiva de Mathias e dando vazão aos instintos mais obscuros dele.

Na estreia do curta, os atores Luciano Estevão e Jocemar Kovenh estarão presentes e conversarão com o público. A direção e o roteiro são de Rafael Sylos, de São Paulo (SP). O argumento e o roteiro foram desenvolvidos em 2012, ano em que uma carta aberta dos Guarani-Kaiowá expôs a declaração de que indígenas estabelecidos em uma área de Mato Grosso do Sul estavam dispostos a morrer caso a justiça oficializasse a reintegração de posse em favor de fazendeiros.

Em “A terra estranha a língua de quem lhe cava”, o espectador é convidado a confrontar elementos que mostram a figura do homem branco como opressor da cultura nativa. O personagem Mathias simboliza o desejo de dominância e a ideia de que a destruição leva ao progresso. A produção do curta durou oito meses, incluindo as etapas de pesquisas e de finalização. Para aprofundar-se sobre as etnias mais presentes nas regiões Sul e Sudeste do país, a equipe esteve na aldeia Vanuíre, em Tupã (SP), e M’Biguaçu, comunidade Guarani M’byá localizada em Biguaçu (SC).

As viagens também objetivaram identificar rituais, instrumentos musicais, adornos e construções que pudessem ser introduzidos no filme. Para criar a oca de Beni, que mede 2,50 metros de altura e tem 3 metros de diâmetro, a cenógrafa Celi Pará pesquisou o método construtivo usado pelos indígenas. As filmagens ocorreram em maio e junho. O projeto envolveu diretamente 25 profissionais. Indiretamente, foram mais de 50 pessoas.

Agende-se
O que: curta-metragem “A terra estranha a língua de quem lhe cava”
Quando: domingo, 20, às 20h30min
Onde: Teatro Bruno Nitz
Quanto: entrada gratuito
Classificação: 12 anos

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