A Polícia Civil de Camboriú alerta a população sobre a sequência de golpes do bilhete premiado que vêm sendo aplicado na cidade e na região. No primeiro semestre do ano, foram registrados ao todo 38 casos em Unidades pertencentes a 29° Delegacia Regional (BC, Camboriú, Bombinhas, Canelinha, Itapema, Porto Belo e Tijucas). Todavia, o número deve ser até maior, tendo em vista que muitas das vítimas se sentem envergonhadas ao perceberem que foram enganadas, e acabam não comunicando o crime.
Na maioria dos casos registrados, as vítimas são mulheres, possuem a idade entre 55 e 75 anos, e acabam sendo o alvo dos criminosos, que exploram sua inocência.
ENTENDA O GOLPE
Trata-se de uma história elaborada para mexer com os sentimentos da vítima e na maioria das vezes, é composto de dois personagens. O primeiro é quem aborda a vítima com a missão de pedir ajuda e despertar nela o sentimento de pena. O segundo aparece durante a conversa para dar veracidade à história e oferecer ajuda. É ele quem sugere que a vítima dê uma prova de confiança, ou seja, o dinheiro.
O primeiro golpista, com jeito de caipira pouco esperto ou de pessoa humilde, o qual aborda a vítima e pede informações sobre o endereço de uma agência da Caixa Econômica Federal dizendo que é para receber um prêmio de loteria ou outro sorteio, mostrando-a um documento bancário (falso ou forjado), constando o número do bilhete premiado e o valor do prêmio. Nesta hora, o segundo golpista entra em ação, se metendo na conversa, dizendo que levaria o suposto ‘’ganhador’’ até uma agência para retirada do prêmio, e para dar mais veracidade ao golpe, muita das vezes efetua uma ligação, supostamente para a Central da Caixa Econômica, onde uma terceira golpista confirma os ‘’números sorteados’’.
A partir disso, o primeiro golpista utiliza de algumas táticas, alegando não possuir documentos para retirar o prêmio, e por isso, pede ajuda para a vítima, entregando-a o bilhete, mas, pede uma ‘’garantia’’. Ludibriada, a vítima se mostra disposta a ajudar, assim como o segundo golpista, que entrega uma certa quantia em dinheiro a seu comparsa, dando confiança a vítima, que na maioria das vezes, junta suas economias e entrega ao criminoso, o qual diz que vai aguardar no local seu prêmio, todavia, após a vítima ir até o banco e se dar conta que caiu em um golpe, os golpistas já estão longe.
Os golpistas chegam a ‘’lucrar’’ até R$ 25 mil reais nos golpes, e para dificultar as investigações, migram de cidade para cidade, além de se revezarem nos personagens.
A orientação é a de sempre, caso alguém apareça com um bilhete de loteria, dizendo ser premiado, desconfie imediatamente, se possível, acione a Polícia.
E caso você venha ser, ou tenha sido vítima do golpe, não deixe de noticiar, pois através de sua comunicação, é que a polícia irá investigar e tirar estes criminosos de circulação.