Desde a realização da primeira regata internacional em Itajaí, os moradores ouvem o discurso de que a prefeitura investe apenas na infraestrutura, que permanece na cidade ao final dos eventos.
Ocorre que ao longo dos anos, vimos que boa parte dos investimentos não foram bem aplicados. Um exemplo é o planetário, que custou cerca de meio milhão de reais aos cofres públicos, e está praticamente inutilizado. Para inibir novos gastos supérfluos acobertados pela regata que está prestes a acontecer no município, a vereadora Anna Carolina Martins (PSDB) questionou o executivo quanto aos investimentos públicos em mais esse evento.
“A aplicação dos recursos municipais fica sempre confusa, até hoje, meio ano depois da última Volvo, a prestação de contas não foi apresentada e isso é inaceitável”, afirma a parlamentar.
O requerimento de Anna, aprovado no final de setembro, também foi direcionado à Associação dos Municípios da Foz Rio Itajaí (AMFRI) que é a responsável pela realização da Regata Transat Jacques Vabre. Neste ano, a regata acontecerá junto à 29ª Marejada – Aventuras pelos Mares do Mundo, e a promessa é de que os gastos públicos se restrinjam apenas à festa tradicional de Itajaí e à infraestrutura.
O documento solicita a cópia do convênio firmado junto à AMFRI e questiona, entre outras coisas, quais os investimentos que serão realizados pelo município, quais as secretarias envolvidas e a atribuição de cada uma delas, como ocorreu a escolha das empresas que fornecerão bebidas e alimentação e qual o percentual de repasse que essas empresas farão à administração municipal.
Pelo prazo regimental, o requerimento deve ser respondido até o final de outubro.
A festa ocorrerá entre os dias 03 e 15 de novembro.