
Mal acabou a eleição que decidiu quem seriam os dezenove vereadores da Câmara de Balneário Camboriú, e aqueles que foram eleitos entraram em outra disputa: a da presidência da Casa.
Ao contrário do que muitos pensam, o vereador mais votado da eleição não assume a presidência da câmara. Este cargo é ocupado pelo vereador escolhido em uma eleição feita não pelos eleitores da cidade, mas de forma indireta pelos vereadores que assumem na nova legislatura.
Em um legislativo mais amplo, agora com dezenove membros, o presidente será aquele que tiver o maior número de votos dos seus colegas e esta será uma tarefa difícil já que três vereadores se movimentam em busca da vitória.
Cada candidato à presidência tem ligação com um candidato a majoritária. Pelo lado de Jade (PMDB), a candidata apoiada pelo atual prefeito Edson Piriquito e terceira colocada na disputa pelo paço municipal, corre o Vereador Marcos Kurtz. Marquinho, como é conhecido, está em seu terceiro mandato como vereador e sabe que para ficar no páreo precisa cumprir uma tarefa difícil: receber o apoio dos outros quatro vereadores de seu partido. Situação difícil, sendo que Roberto Souza Jr. e Arlindo Cruz também almejam a vaga. Os três peemedebistas são de correntes diferentes dentro do partido. Marquinho por sua vez é da mesma ala do atual presidente, Nilson Probst, situação que o favorece.
Pelo lado do prefeito eleito, Fabrício Oliveira (PSB), a disputa está ainda mais quente, pois pessoas próximas dizem que seu vice, Carlos Humberto (PR), não abre mão de ter um vereador de seu partido na presidência da casa. O favorito do magnata da construção civil é Pedro Francez, que tem a tarefa árdua de buscar apoio em seus colegas Asinil Medeiros e Juliethe Nitz. A tarefa é dura pois antes de ir para o PR, quando ainda era do PSD, Pedro Francez deu uma rasteira em Medeiros para assumir a vice-presidência da mesa diretora no segundo biênio da atual legislatura, manobra que ainda gera desconforto no relacionamento dos dois.
Por fora, e quase sem chances está o vereador mais votado desta eleição, o jovem Leonardo Piruka (PP), que nas eleições estava pelo lado da chapa encabeçada por Leonel Pavan (PSDB). Piruka se colocou a disposição do partido para ser presidente do Legislativo, mas sempre ressalta que não tem vaidades de ocupar a vaga. Este discurso deve-se ao fato de ele não ter sequer o apoio de seu colega de partido, o vereador Marcelo Achutti que já declarou na eleição que estava ao lado de Fabricio e não de Pavan como sua sigla decidiu.
No final das contas, o presidente será aquele que conseguir manter sua candidatura mais tempo de pé e conseguir angariar o apoio de outro candidato desistente. As especulações e articulações seguem até o dia 2 de janeiro.