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Aluna de Psicologia da UniAvan escreve livro infantil sobre ansiedade

Betina Moreira escreveu a história e fez as ilustrações do livro com orientação do professor Rafael de Liz

“Cheire a flor e conte até 2; assopre a vela e conte até 4 depois”. É assim que Fredi Ansiedade, personagem criado pela acadêmica da 9ª fase do curso de Psicologia do Centro Universitário Avantis – UniAvan, Betina Moreira, consegue aliviar um pouco da ansiedade que sente. Na história, Fredi é “um ser fofinho do planeta dos sentimentos e emoções” que pode crescer e ficar grande e pesado. “A gente traz como uma das estratégias de enfrentamento, uma das maneiras de lidar com a ansiedade, a respiração diafragmática, que ajuda a reduzir os níveis de ansiedade e traz a calma”, esclarece a estudante. Com o auxílio do professor Rafael de Liz, que leciona a disciplina de psicopatologia e a orienta no estágio, Betina escreveu a história e fez as ilustrações do livro “A história de Fredi Ansiedade” para conversar com crianças e adolescentes sobre o conceito de ansiedade, os sintomas e as formas de tratamento.

A acadêmica conta que a ideia do livro surgiu após uma reflexão sobre o formato de ansiedade que ela sentia. “Eu decidi desenhar a minha ansiedade, daí surgiu o Fredi. Inclusive, eu pensei em um acrônimo, porque, para mim, ansiedade era um ‘fermento rápido em dias intensos’, algo que crescia e se tornava intenso muitas vezes”, explica.

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A avaliação de Betina a respeito dos transtornos de ansiedade não é uma percepção isolada. Recentemente, uma revisão de 29 pesquisas, publicada no periódico científico JAMA Pediatrics, mostrou que os sintomas de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes dobraram durante a pandemia. Resultados semelhantes foram apontados em uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de junho a setembro de 2020: 48,7% dos adolescentes que participaram do estudo relataram que têm sentido preocupação, nervosismo ou mau humor na maioria das vezes ou sempre.

Foto 00 2021 Livro Fredi Ansiedade

Betina diz que o livro foi pensado para os públicos infantil e adolescente justamente por dados como esse, e também pela falta de materiais específicos para tais idades. “A gente vê muitos posts de psicólogos nas redes sociais que direcionam o assunto para o público adulto, porém as crianças e adolescentes também sofrem, porque a ansiedade não escolhe classe social, idade ou gênero. Então nós percebemos uma falta de material que falasse sobre isso”.

De acordo com o professor Rafael, a ideia é, daqui para frente, usar o livro como material para formação de professores, pedagogos e colaboradores de escolas de Balneário Camboriú e outros municípios. “Nós estamos refletindo, debatendo, criando ações em relação ao Setembro Amarelo, mas nós não podemos esquecer dos fatores de risco. O suicídio está presente em todas as faixas etárias da nossa sociedade. Nós precisamos de ações que trabalhem a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental nas escolas”, afirma o professor.

O personagem Fredi já foi apresentado a adolescentes em tratamento no Núcleo de Práticas em Psicologia da UniAvan, a alunos de uma escola de Blumenau e também a adolescentes de 13 a 18 anos de uma instituição religiosa de Camboriú, onde Betina promove uma ‘oficina de emoções’ com o auxílio de uma psicóloga. “Na minha experiência, o mais legal foi ver a identificação dos adolescentes com relação à sintomatologia. Quando a gente começou a contar a história do Fredi, a falar dos sintomas, muitos começaram a dizer: ‘Poxa, é bem isso que eu sinto’. Nós trabalhamos, então, com a técnica da respiração e foi bem eficaz”, finaliza a acadêmica.

Betina e Rafael publicaram, recentemente, um livro chamado “A história de Rita Resiliência”, voltado para o público infantil também, e pretendem lançar até o final do ano outro exemplar falando sobre luto.

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