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Temporada mais cara em nosso litoral

A temporada de verão atrai milhares de turistas que lotam as praias de Balneário Camboriú e região. O movimento intenso injeta muito dinheiro na economia da cidade e atrai a atenção dos investidores para os preços cobrados nas mercadorias que compõem os itens mais vendidos no período do verão. Ocorre que os moradores de Balneário Camboriú acabam sendo prejudicados pelo aumento dos preços, que por muitas vezes chegam a dobrar nas prateleiras dos estabelecimentos comerciais.
Os produtos mais caros neste verão são os de consumo básico para os turistas. As bebidas alcoólicas podem sofrer variações de até 400% nos estabelecimentos que fornecem este tipo de serviço. No mercado uma lata de cerveja da marca Skol pode ser encontrada por R$ 1,39, já em boates ou bares este preço pode chegar a R$ 5.
O turista Manoel dos Santos, de Curitiba, afirma que os preços cobrados na praia central chegam a ser absurdos. “Balneário Camboriú está ficando mais cara a cada temporada. Tinha que haver uma fiscalização maior para inibir este tipo de ação”, afirma. O turista reclama que comprou uma caipirinha por R$ 9. “Com este valor eu compro um litro de vodka, os limões e o açúcar necessário para pelo menos dez caipirinhas”, avalia.
A exploração nos preços também atinge o mercado imobiliário. Durante os meses mais quentes da temporada, os preços dos imóveis para aluguel sofrem inflação de até 250%. O aluguel de um apartamento de dois quartos, na avenida Atlântica, pode ser alugado por R$ 300 a diária. Nos meses de inverno o mesmo imóvel pode encontrado por R$ 120. Além disto, os preços para venda também sofrem considerável aumento durante a temporada de verão. Imóveis que antes custavam R$ 200 mil, agora estão sendo comercializados por R$ 250 mil ou mais.
O corretor de imóveis Sérgio Pereira admite que há alta de preços durante o verão. “Na baixa temporada os preços caem mais de 50%, mas isso é natural em todas as cidades que exploram o turismo”, diz. Pereira revela ainda que a especulação do mercado imobiliário é feita pelos proprietários dos imóveis. “As imobiliárias mantém o bom senso”, explica.
Os restaurantes também aproveitam o verão para ganhar o que muitas vezes não ganham durante o ano. Na orla da praia central é possível notar cartazes de pratos elaborados com frutos do mar por R$ 70, na baixa temporada o mesmo produto é encontrado a R$ 50.

Estacionamentos
O motorista que optar por guardar o carro nos estacionamentos privativos também precisa desembolsar mais dinheiro durante a alta temporada. Os preços variam entre R$ 5 e R$ 7 por hora. O aumento abusivo gera protestos. “Isto é um absurdo, paguei R$ 30 por seis horas”, reclama o representante comercial Jeferson Silva.
Nos shoppings de Balneário Camboriú o aumento no preço dos estacionamentos também foi notado. A cobrança de R$ 3 passou para R$ 4,50, ou seja, 50% de aumento. Além disto, após duas horas é cobrado um preço adicional por cada hora a mais. “Isto é muito desagradável”, afirma a enfermeira Kátia Zambonella. “Moramos em uma cidade cara e somos abrigados a pagar os preços como turistas. Não estamos veraneando”, diz indignada.
Outro problema é a ação dos flanelinhas, que cobram R$ 10 reais por uma vaga de estacionamento. Estes profissionais não são reconhecidos como categoria e agem livremente nas imediações de boates e casas noturnas.

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Pesquisa
A única arma viável para o turista, ou morador, é a pesquisa de preços. O perfil do turista que visita Santa Catarina é de pessoas que conhecem outros Estados e fazem comparações. “No Nordeste uma água de coco pode ser encontrada a R$ 1,00”, afirma Carlos Mello, turista de São Paulo. Na praia de Balneário Camboriú o mesmo produto é encontrado por R$ 3,50. O vendedor Antônio Silveira se defende colocando a culpa nos fornecedores. “Seria possível vender o coco mais barato. O problema é o preço que os fornecedores nos repassam”, justifica.
A coordenadora do Procon de Balneário Camboriú, Ornela Amaya, aconselha que o turista, ou residente, que se sentir lesado deve procurar o órgão para oficializar a denúncia. “Não controlamos preços. Mas caso seja constatado um grande abuso nos preços o Procon irá averiguar a situação. Neste caso o estabelecimento poderá ser notificado e até mesmo enviado para um juízo especial”, finaliza.

* Ricardo Zanon

Fonte: Jornal tribuna

1 COMENTÁRIO

  1. Sofremos o mesmo abuso em Floripa, que já é
    considerada uma das capitais com maior custo
    de vida do país, no verão então é um “terror”…

    Já pensei em mudar-me pro Baln. mas sei que
    esse preblema continuaria pois vou constantemente
    aí e sei das variações de preço inverno/verão…

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