A vereadora Anna Carolina Martins (PSDB) usou a tribuna na sessão da Câmara de Vereadores desta noite (02) para denunciar o descaso com que vem sendo tratado o maior patrimônio histórico de Itajaí: a Igreja Imaculada Conceição.

No início de maio foi assinada a ordem de serviço para a obra de restauro, com a promessa oficial da prefeitura de que os trabalhos iniciariam nos próximos dias. Um mês depois, o tapume que cerca o local está quebrado e as portas da construção mais antiga do município foram arrombadas. Há indícios de que toda a fiação elétrica da igreja tenha sido furtada. Anna já solicitou toda a documentação da obra para apurar a responsabilidade dos danos atuais ao patrimônio.

Nesta semana ainda era possível encontrar roupas e cobertores dentro do prédio, tombado pelo patrimônio histórico de Itajaí e do Estado de Santa Catarina.  A sala onde funcionava a sacristia foi usada como banheiro por vândalos.

Foi ao redor dessa igreja que a cidade de Itajaí cresceu

“Foi ao redor dessa igreja que a cidade de Itajaí cresceu, esse é o nosso maior e mais precioso patrimônio histórico, que está completamente descuidado”, lamenta Anna Carolina. Para a vereadora, esse descaso com a segurança do prédio pode causar uma perda irreparável para a história do município. “Imagine se algum vândalo resolve pichar os painéis do artista Dide Brandão, por exemplo? É escandaloso que a administração municipal não tenha o mínimo cuidado com um patrimônio de tamanha relevância”, afirma.

preservando o futuro da cidadeConstruída a partir de 1824, a Igreja Imaculada Conceição foi a primeira capela da cidade. Por falta de manutenção, parte do forro desabou em agosto de 2013. Apenas um ano depois, em agosto de 2014, começou a elaboração do projeto para restauro, feito pela empresa Rehabilitar Serviços de Engenharia Ltda, ao custo de aproximadamente R$ 138 mil.

No início deste mês foi assinada a ordem de serviço para a realização da obra, avaliada em quase R$ 3 milhões. A vencedora da licitação foi a Albatroz Engenharia, de Curitiba, mesma empresa que fez o restauro do prédio da Fiscalização do Porto e que realiza atualmente o restauro do Palácio Marcos Konder.