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Prefeitura de Itajaí quer criar cargo para funcionário público trabalhar em Florianópolis

Thiago Morastoni considera vergonhoso Projeto de Lei enviado pelo município à Câmara de Vereadores

O município de Itajaí poderá ter, em um futuro próximo, um Coordenador de Assessoramento para Assuntos Institucionais. O nome do cargo é pomposo, está vinculado à Secretaria de Relações Institucionais e Temáticas, mas na prática a pessoa será uma espécie de lobista, que ficará em Florianópolis e ganhará cerca de R$ 10.000,00 para supostamente tentar influenciar deputados estaduais e Governo do Estado na aprovação de projetos que beneficiem a cidade.

O vereador Thiago Morastoni (PT) usou a tribuna do Legislativo na noite de terça-feira (28) para falar sobre o tema. O parlamentar considerou vergonhoso o Projeto de Lei Complementar (PLC) Nº 11/2015, que cria o cargo e recentemente foi encaminhado pelo Executivo à Câmara de Vereadores. “Não bastasse abarrotar os prédios públicos municipais de aspones, os famosos assessores de porcaria nenhuma, agora a Prefeitura de Itajaí quer começar a ter aspones em Florianópolis”, lamenta.

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Thiago Morastoni também considera estarrecedora a justificativa encaminhada para a criação do novo cargo. A mensagem do prefeito Jandir Bellini diz que tal assessor seria fundamental para construir consensos e encaminhar projetos junto aos órgãos estaduais, tendo em vista que nenhum candidato de Itajaí foi eleito para ocupar cadeira na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. “Privilegiaram nas eleições acordos políticos e partidários e fizeram campanha para candidatos de fora, ao invés de pensarem em Itajaí, e agora usam a derrota para justificar o injustificável”, frisa.

O vereador alerta ainda que a articulação política do município deve ser feita pelo prefeito e secretários municipais, funcionários do primeiro escalão, e não por uma pessoa subordinada a eles. “Qual será o prestígio político que o tal assessor terá para articular em favor do município com governador e deputados?”, questiona.

Por fim, Thiago Morastoni destaca que atitudes como essa do Executivo fazem a classe política ficar cada vez mais desacreditada pela população. “Ao invés de trabalhar para o enxugamento da máquina pública, a Prefeitura de Itajaí caminha em sentido oposto. Isso é só mais um cabidão de emprego, igual ao projeto dos cargos comissionados do porto, que felizmente conseguimos barrar nessa casa. Espero que as comissões do Legislativo nem deixem esse PLC 11 chegar em plenário”, finaliza o vereador.

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