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Polícia Militar entra em conflito com torcedores do Marcílio Dias

A PM informou que a ocorrência tratava-se inicialmente de deflagração perigosa de fogo de artifício, que culminou em resistência, desobediência e desacato

ITAJAÍ – A Polícia Militar entrou em conflito com torcedores do Marcílio Dias na tarde deste domingo, 03.jan.2021. Imagens de uma ação supostamente truculenta ganharam as mídias sociais. A PM informou que a ocorrência tratava-se inicialmente de deflagração perigosa de fogo de artifício, que culminou em resistência, desobediência e desacato.

Após acionamento via 190, para verificar um homem que estaria utilizando fogos de artifício em via pública, a PM deslocou ao estádio Dr. Hercílio Luz quando, no portão da Rua Gil Stein Ferreira, visualizou o homem com duas caixas de fogos de artifício. Ao informá-lo que os foguetes seriam apreendidos, o homem contestou dizendo que comprou com o seu dinheiro e que compraria mais, caso tivesse os objetos recolhidos e passou a desacatar os policiais militares.

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Diante disto, os policiais militares conduziram o homem para a delegacia para lavrar o termo circunstanciado, tendo o homem resistido a ação dos policiais. Com a chegada das guarnições de apoio, outros torcedores começaram a inflamar a situação, xingando os policiais militares, sendo necessário o uso do espargidor para dispersar a multidão.

Foram apreendidos 10 fogos de artifício, sendo sete deflagrados e três intactos.
Diante dos fatos, a guarnição deslocou até a delegacia de polícia, a fim de realizar o procedimento em segurança.

Um celular que um casal usava para filmar a ocorrência foi foi apreendido, segundo a PM, para ser usado no inquérito, já que teria imagens da ocorrência e poderia ajudar a esclarecer a dinâmica dos fatos.

A PM não respondeu aos esclarecimentos da imprensa se filmar ocorrência em via pública é crime, e se for, qual a tipificação do delito.

Sobre os fogos de artifício, a Polícia Militar justificou que de acordo com a Lei de Contravenções Penais, o artigo 28 estabelece:

Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela:
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis, quem, em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, sem licença da autoridade, causa deflagração perigosa, queima fogo de artifício ou solta balão aceso.

Marcílio dias emite nota

NOTA OFICIAL MARCÍLIO DIAS – AÇÃO DA POLÍCIA MILITAR

O Clube Náutico Marcílio Dias se manifesta oficialmente acerca dos fatos lamentáveis ocorridos antes da partida deste domingo, do lado de fora do estádio Dr. Hercílio Luz, quando aconteceria uma recepção ao ônibus da delegação do Marinheiro, organizada pela torcida do Clube.

O grupo de torcedores que aguardava o ônibus foi surpreendido pela ação desproporcional da Polícia Militar, que mais uma vez utilizou da força, violência e de gás de pimenta a esmo para dispersar, sem motivos, as pessoas que ali estavam de forma totalmente pacífica. Inclusive atingindo crianças que se encontravam ao entorno do estádio, sendo que duas delas foram prontamente atendidas dentro do estádio, pelo staff do Clube.

A mesma ação desproporcional já havia acontecido em outra partida no final de 2020, também sem motivos aparentes, e em outras ocasiões, sempre com total repúdio do Clube manifestado perante o comando local da Polícia Militar. A recepção deste domingo contava, inclusive, com o apoio da Codetran, que fechou a rua para que pudesse haver a recepção.

O Clube manifesta a sua total indignação com os fatos ocorridos hoje, e não entende o porque da perseguição aos torcedores do Marcílio Dias. O Presidente Executivo do Clube, Hercílio Henrique de Mello, ao ficar ciente da ocorrência, entrou prontamente em contato com o comando da Polícia Militar de Itajaí, ainda antes da partida.

Não podemos mais aceitar este tipo de repressão, que só acontece na cidade de Itajaí, e somente contra a torcida do Marcílio Dias. Enquanto isto, em diversos outros locais do Brasil, e inclusive em Santa Catarina, as recepções são tratadas de forma diferente pela Polícia Militar, como foi registrado em Florianópolis, no recente clássico entre Avaí e Figueirense (com fogos, fumaça, sinalizadores, etc.), sem que houvesse repressão e violência.

Caso algum cidadão infringir a lei em um dos eventos relacionados ao Clube, que este – e somente este – seja repreendido e sofra as consequências de seus atos, e não um grupo maior, completamente inocente, como vem ocorrendo. Inclusive crianças, mulheres e idosos, nosso público constante e mais vulnerável.

O Marcílio Dias, através de seu presidente executivo, espera que esta tenha sido a última vez em que estes fatos lamentáveis sejam registrados contra a torcida do Marcílio Dias, e fará o possível e o impossível para que isto ocorra. Não aguentamos mais tamanha repressão gratuita.

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