A Prefeitura de Balneário Camboriú anunciou nesta terça-feira (29) que o Hospital Municipal Ruth Cardoso passará por uma reforma estrutural, com previsão de envio do projeto à Vigilância Sanitária de Santa Catarina (Anvisa-SC) nos próximos 30 dias. O investimento, estimado em R$ 5 milhões, pretende ampliar e readequar setores como o Centro Cirúrgico, o Centro Obstétrico, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e a Central de Material Esterilizado (CME).
A notícia da reforma chega em um momento delicado para a saúde pública do município. Nos últimos dias, a morte do recém-nascido Ragner, durante o parto, causou comoção na cidade e gerou investigações sobre a atuação da equipe médica. Desde então, a Prefeitura anunciou uma reestruturação administrativa e a substituição da equipe diretiva da unidade.
Segundo o novo comunicado da Secretaria de Saúde, os engenheiros da Amfri (Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí) realizaram uma visita técnica ao hospital para ajustes finais na proposta. Após a aprovação da Anvisa, o projeto será licitado.
Entre as alterações previstas está a ampliação do centro cirúrgico de três para quatro salas, o que deve aumentar a capacidade de realização de cirurgias eletivas. A CME será transferida para um novo espaço, com o dobro da capacidade atual. Já no Centro Obstétrico — foco de críticas recentes e do caso envolvendo o bebê Ragner —, será implementada uma sala de parto humanizado, além de uma nova entrada exclusiva para gestantes e ampliação da recepção.
A proposta de reforma vem sendo desenvolvida há cerca de um mês, segundo o diretor-geral da Secretaria de Saúde, Vinicio José dos Santos. No entanto, o anúncio público ocorre apenas agora, em meio a uma série de medidas emergenciais tomadas pela Prefeitura após a repercussão negativa dos últimos acontecimentos. Também está em andamento uma auditoria interna no contrato da maternidade e uma nova licitação para a gestão do Centro Obstétrico.