O Departamento de Vigilância Epidemiológica (DEVE) iniciou nesta semana a vacinação contra HPV em escolas municipais, estudais e particulares.
As aplicações contemplarão meninas entre nove e 11 anos de idade, de 27 unidades de ensino de Balneário Camboriú. A ação, com cronograma organizado pelos enfermeiros das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), perdura até o fim do mês e visa a prevenção da doença sexualmente transmissível, responsável por cânceres no colo do útero e no ânus.
A direção do DEVE, assim como feito no último ano, optou por aplicar a vacina nas escolas em razão do maior alcance de garotas, mesmo com aplicações realizadas diariamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de cada bairro e no Posto de Atenção Infantil (PAI). “Muitas meninas não são levadas às UBS pelos pais em época de campanha. Outras têm vergonha de irem sozinhas. Com a intensificação nas unidades de ensino, o departamento espera alcançar um número maior de garotas, reduzindo futuramente o número de casos de câncer do útero, terceiro tipo com maior mortalidade no mundo”, pontua Zibeilde Ferreira Borges, coordenadora de imunização do município.
Serão 13 Centros Educacionais Municipais (CEMs), três Escolas de Educação Básica (EEB) do Estado, nove instituições particulares visitadas pelos enfermeiros da rede, além do Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC) Ayrton Senna da Silva e do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) Rodesino Pavan.
Além da parceria com as equipes ESFs, a Vigilância Epidemiológica conta com o auxílio de estudantes dos cursos de Enfermagem e Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), de profissionais do projeto extramuros Educa Vida, do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), e da Gerência Regional de Educação (GERED), lotada em Itajaí.
Atualmente, o HPV é a principal causa do câncer de colo uterino em mulheres acima de 25 anos de idade. Dividida em tipos, a doença, nos números seis e 11, ainda pode gerar verrugas nos órgãos genitais. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a vacina ofertada no município, bem como em outras cidades do país, tem eficácia de 99% se realizada antes do primeiro contato sexual. Após o início, o êxito cai para 40%. Assim, é importante que os pais assinem o termo de compromisso que autoriza as filhas a serem vacinadas durante a campanha.