Levantamento feito pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Itajaí constatou, neste primeiro semestre, um aumento de 244.1% nos casos de varicela, conhecida popularmente como catapora, em relação ao ano passado. Em 2012, de janeiro a junho, foram confirmados 63 casos e neste ano, no mesmo período, o número de registros chegou a 258.
Após constatação do aumento, algumas ações foram elencadas como prioridade pela Secretaria de Saúde: comunicado aos Centros de Educação Infantil informando as medidas preventivas de higienização do ambiente e detecção de novos casos; busca ativa de pacientes e informações sobre importância da vacina contra a doença.
A imunização é oferecida gratuitamente na rede pública às crianças e adultos com imunodeficiência. São pessoas que têm o sistema imunológico afetado por outras doenças como HIV, problemas renais, de coração ou com problemas crônicos, por exemplo, no pulmão. No entanto, existe previsão do Ministério da Saúde para que a vacina contra varicela seja incorporada ao esquema básico de imunização ainda neste segundo semestre de 2013.
Sobre a catapora
– O isolamento deve ser de até 10 dias a partir do início da primeira ferida (bolha);
– Os casos de maior incidência são identificados em crianças de um a quatro anos;
– O período usual é de sete a 12 dias, podendo se alterar de pessoa para pessoa por causa do sistema imunológico;
– Os sintomas são bolhas pelo corpo (iniciando pela cabeça) e febre;
– Manter as unhas curtas (para evitar arranhões na pele), as mãos sempre limpas (para não infectar as feridas), evitar uso de produtos no banho que ressequem a pele (permanganato de potássio);
– Em adultos, a varicela geralmente é mais severa, existindo um maior risco de evoluir com complicações;
– Deve-se evitar o uso de aspirina e AAS.
Cuidados na creche/escola:
– Afastar a criança logo no início dos sinais e sintomas;
– Orientar a avaliação médica;
– Manter unhas curtas;
– Manter a sala de aula arejada;
– Higienizar todos os brinquedos e/ou materiais usados em comum.
Altamente contagiosa, a varicela contamina 90% das pessoas não vacinadas ou suscetíveis à doença. Antes de saber que está doente, a pessoa transmite o vírus, porque os sintomas só aparecem entre 10 a 21 dias após o contágio. O período de maior transmissão ocorre 48 horas antes do surgimento dos sintomas. Para se contrair a varicela, basta entrar em contato com as vesículas do doente ou as gotículas que ele expele pelo ar.
Os primeiros sintomas são febre, coriza e tosse. Até que surgem pequenas manchas nas costas, peito e abdômen. As manchas viram bolinhas vermelhas (pápulas), que se transformam em bolhinhas com líquido (vesículas) e, finalmente, em crostas (casquinhas). A recuperação demanda de sete a 10 dias, quando as lesões já viraram crostas. As complicações geralmente acontecem quando as feridas provocadas pela catapora são contaminadas por outras bactérias. Em outras situações, a doença também pode provocar pneumonia ou encefalite.
As consequências do contágio são mais drásticas nas mulheres grávidas que, por conta do sistema imunológico vulnerável, correm o risco de apresentar a forma grave da doença e podem desenvolver complicações como lesões na peles, problemas no sistema nervoso e nas vias respiratórias.
O vírus varicela-zoster circula geralmente no fim do inverno e início da primavera, épocas em que as pessoas ficam mais tempo em ambientes fechados. A doença, mais comum na infância, não é considerada grave.