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SEMAM vai estudar organismos marinhos que surgem na Praia Central de Balneário Camboriú

Equipamento registrará imagens do fundo do mar e do Rio Camboriú

Algas Estaleirinho 04 01 18 Foto Celso Peixoto 8
Divulgação

A Secretaria do Meio Ambiente (SEMAM) firmou uma parceria com a Univali para identificar e localizar as colônias de diatomáceas e briozoários que aparecem na Praia Central de Balneário Camboriú.

Por meio da parceria, o Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), da Univali, vai ceder um equipamento de filmagem submarina que será usado com auxílio de uma embarcação de pesca artesanal. O equipamento registrará imagens do fundo do mar e do Rio Camboriú. As filmagens estão previstas para a segunda quinzena de janeiro. Acompanharão os trabalhos os professores do CTTMar Charrid Resgalla e José Angel Alvarez Perez.

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As arribadas de diatomáceas e briozoários (quando os organismos marinhos surgem na praia) foram vistas pela primeira vez em Balneário Camboriú em 2004. Conforme a diretora de Desenvolvimento Ambiental da SEMAM, Maria Heloisa Furtado Lenzi, ainda não se sabe o que causou o surgimento desses organismos marinhos, que são exóticos (não são nativos das praias da região). Segundo Maria Heloisa, a suspeita é de que eles tenham chegado ao litoral na água de lastro dos navios. Com as filmagens, a SEMAM espera identificar em quais pontos as colônias estão fixadas. Quando surgem na praia, os organismos estão desprendidos das colônias e mortos. Eles não causam problemas à saúde. No entanto, geram mau cheiro e, por isso, são recolhidos pela Empresa Ambiental.

“Nossa intenção é identificar onde eles estão e estudar alternativas para eliminá-los”, diz Maria Heloisa. Na manhã desta quinta-feira (04), surgiu uma arribada na Praia do Estaleirinho. Amostras foram coletadas pela oceanógrafa da SEMAM, que identificou um grupo de macroalgas, entre elas Sargassum sp. e Enteromorpha sp. Essas macroalgas crescem naturalmente no costão e se desprenderam. Nativas, elas fazem parte da cadeia alimentar do ecossistema marinho.
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O material que chega, às vezes, na Praia Central é composto por algas diatomáceas e por briozoários. As algas formam de 80% a 90% da biomassa total no inverno e primavera, sendo que esta proporção se inverte no verão e outono, quando a proporção de briozoários é bem superior que a de algas.

Briozoários

Os briozoários são animais invertebrados aquáticos que formam colônias, constituídas por um conjunto de organismos que individualmente não podem ser vistos a olho nu. O grupo apresenta uma grande diversidade de formas e habitat, atingindo centímetros ou poucos milímetros de comprimento (Manzoni et.al 2015). Os briozoários estão entre os seis grupos de invertebrados amplamente relatados como invasores/introduzidos em ambientes marinhos.

Diatomáceas

Algas, as diatomáceas são organismos unicelulares que ocorrem na água doce, nos mares e também nos solos úmidos, podendo formar cadeias ou colônias simples.

As comunidades de diatomáceas são usadas como uma ferramenta para monitorar as condições ambientais e são usadas em estudos da qualidade da água. Apesar de serem geralmente microscópicas, algumas espécies podem alcançar um tamanho de até 2 milímetros.

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