A tradicional Safra da Tainha tem início nesta quinta-feira (1º) em Balneário Camboriú. A pesca ocorrerá até 31 de julho em nove pontos do litoral da cidade, com estrutura de apoio e fiscalização reforçada para proteger a prática artesanal, considerada patrimônio cultural imaterial do município desde 2019.
A atividade contará com apoio da Prefeitura, por meio de um convênio com a Colônia de Pescadores Z-7. Serão fornecidos contêineres com banheiro, tendas, camisetas e materiais de divulgação. Na Praia Central, os três ranchos de pesca terão estrutura completa, assim como a Praia do Pinho. Nas praias agrestes — Laranjeiras, Taquarinhas, Taquaras, Estaleiro e Estaleirinho — serão instaladas tendas de apoio e, em alguns pontos, banheiros químicos.
A Secretaria do Meio Ambiente, a Secretaria de Segurança Pública, a Guarda Municipal, a Marinha e a Polícia Militar Ambiental irão atuar na fiscalização, que será intensificada com o uso de drones e embarcações de apoio disponibilizadas por empresas náuticas. Denúncias podem ser feitas pelo número 153.
Durante o período da safra, estão proibidos nas orlas o uso de jet skis, lanchas rebocadoras, embarcações motorizadas e armadilhas como redes tipo feiticeira, malhas, cilibrim e fisgas, que colocam em risco os cardumes.
Na véspera da abertura da safra, nesta quarta-feira (30), a Fundação Cultural lança a campanha “Mar de Tradição, Respeite o Pescador”, com o objetivo de sensibilizar moradores e turistas sobre a importância da pesca artesanal. A campanha estará estampada em contêineres, redes sociais e materiais distribuídos pela cidade. Às 19h, no rancho de pesca da Praia de Taquaras, haverá um ato simbólico de entrega de camisetas e materiais aos pescadores.
No ano passado, foram capturadas mais de 75 mil tainhas em Balneário Camboriú. Para este ano, uma portaria federal estipulou o limite de 1,1 mil toneladas para o Estado de Santa Catarina na modalidade de arrasto de praia.
Em Balneário Camboriú, cerca de 200 famílias vivem da pesca artesanal da tainha. A atividade é protegida por leis municipais e os ranchos da Praia de Taquaras também foram tombados como patrimônio cultural material, por meio da Lei nº 4.874, de abril de 2024.