A safra de pinhão em Santa Catarina para o ano de 2024 começa com boas notícias para os agricultores e consumidores. A partir do dia 1º de abril, inicia-se a colheita, com uma perspectiva de produção que alcança 5,7 mil toneladas, um incremento de 30% em comparação ao ano anterior, 2023. Esta estimativa otimista é fornecida pela Gerência Regional da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) em Lages, e baseia-se em levantamentos preliminares junto aos produtores da região. A fase de colheita se estende até julho, período em que os números iniciais podem ser atualizados conforme o andamento da safra.
Dentro do estado, o município de Painel se destaca como o maior produtor, com uma expectativa de contribuição de cerca de 2,2 mil toneladas para a produção total. José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages, comentou sobre a projeção: “Apesar de não ser um volume extraordinário, especialmente considerando que 2023 registrou uma produção baixa, temos expectativas positivas para que os preços sejam favoráveis aos agricultores.” Atualmente, os produtores estão recebendo aproximadamente R$ 6 por quilo de pinhão no início da safra.
Lehmann também abordou a influência do clima na alternância produtiva: “A pinha demanda cerca de 32 meses para maturação. Assim, o clima dos últimos três anos tem um papel crucial na determinação tanto da quantidade quanto da qualidade das sementes.” Este fator sublinha a importância de práticas agrícolas adaptativas e resilientes às mudanças climáticas.
O pinhão é considerado um recurso vital para a economia rural na região serrana de Santa Catarina. Das 16 mil famílias de produtores rurais, aproximadamente 30% dependem do pinhão como uma das principais fontes de renda anual de suas propriedades. A safra de 2024 traz, portanto, não apenas a promessa de uma produção robusta, mas também a esperança de sustentabilidade econômica para os agricultores envolvidos.