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Empresários e funcionários de bares, restaurantes e similares fazem manifestação contra o lockdown em Itajaí

Manifestantes cobraram medidas do Governo Estadual, já que dependem dos seus empregos para sobreviver

ITAJAÍ – Na última terça-feira, 02.mar.2021, às 15:30h, a Associação de Bares, Restaurantes, lanchonetes e Similares, reuniu aproximadamente 120 pessoas, em frente ao Fórum de Itajaí, para reivindicar contra o Lockdown e Decreto Estadual N- 1.172, que suspende o funcionamento dos “serviços não essenciais” aos finais de semana. A manifestação pacífica, reuniu empresários e funcionários do setor, durou em média duas horas e contou com o apoio de populares, que também acreditam que um novo Lockdown não seria a resolução para minimizar a curva epidêmica para conter o avanço do Covid 19.

Mesmo cientes do agravamento da situação sanitária no município e em todo o estado Catarinense, com falta de leitos na UTI, para atender os pacientes com Covid-19, os manifestantes cobraram medidas do Governo Estadual, já que dependem dos seus empregos para sobreviver.

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Segundo o IBGE, mais de 716.000 empresas fecharam as portas desde o início da pandemia no Brasil. O desemprego diante da pandemia causada pelo novo coronavírus bateu recorde em 2020, atingindo mais de 15 milhões de brasileiros. Apenas em Santa Catarina, o Sebrae registrou mais de 148 mil pessoas desempregadas.

Segundo o Presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Similares Everton Soares, o principal objetivo da manifestação é sensibilizar o Governador Carlos Moisés para que suspenda o confinamento aos finais de semana e não acate a recomendação do Ministério Público de Lockdown por mais 14 dias.

“Essa decisão acarretaria o fechamento e falência de muitas empresas e demissão de centenas de funcionários. Algumas pessoas acham que o comércio ou o setor de bares, restaurantes e similares não é essencial. Mas estão errados. Todo serviço é essencial! A sobrevivência é essencial, o sustento das famílias é essencial, colocar comida na mesa, comprar remédios e pagar as contas em dia é essencial. A responsabilidade do governo é cuidar da saúde do cidadão, construir hospitais de campanha, oferecer leitos de UTI, respiradores e dar todo o suporte necessário para os cuidados de prevenção e combate ao coronavírus. A responsabilidade do comércio é pagar seus impostos, suas contas, gerar empregos e oferecer dignidade às famílias. Afinal, emprego é dignidade!”, comenta Everton Soares.

O setor de eventos no Brasil movimenta 5% do PIB nacional, e há exatamente 12 meses (1 ano) o setor está sendo demasiadamente prejudicado em função da pandemia. Até o momento nenhuma medida foi tomada pelo Governo Federal ou Estadual para a retomada dos eventos.

Segundo o empresário do setor Jonathan Lugano, a única saída para os empresários de bares e casas noturnas foi se reinventar.

“Investimos mais de 50 mil reais em reforma, na nossa antiga casa noturna, para transformá-la em um Restaurante e clube de praia, para trabalharmos de acordo com o decreto. Desde o início da pandemia, não tivemos outra alternativa a não ser, nos reinventarmos. Sempre trabalhamos de acordo com as normas sanitárias, uso de máscara, medição de temperatura, álcool em gel, distanciamento entre as mesas e clientes. Reduzimos a capacidade da casa em 50% para atender as medidas restritivas impostas pelo governo. Primeiramente reduziram em 50% da capacidade, agora em 25%, da capacidade, não podendo abrir aos finais de semana. Se recuarmos, em breve vamos ter mais 14 dias de Lockdown. Não podemos aceitar isso! Apenas no meu restaurante, são aproximadamente 60 funcionários. São famílias que dependem única e exclusivamente dessa renda, e caso haja outro confinamento, não terei outra alternativa a não ser demiti-los. Muitos deles vieram hoje na manifestação por livre e espontânea vontade, de lutar pelo seu direito de trabalhar. São famílias inteiras que estão aqui implorando pelo seu “ganha pão” Enquanto trabalhamos de acordo com as normas sanitárias, as festas clandestinas continuam acontecendo. As praias continuam aglomeradas, há aglomeração nos bancos, ônibus, igrejas, farmácias, supermercados, etc. Tivemos a pior temporada dos últimos anos. E mesmo estando dentro de todas as normas solicitadas, não podemos trabalhar! Eu não quero demitir a minha equipe, mas preciso abrir meu estabelecimento para poder mantê-los empregados. É uma sensação terrível de indignação e impotência”, afirma o empresário Jonathan Lugano. 

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