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Presidente Bolsonaro abre porta para casinos e quer que Estados imponham regulamentação

O presidente da república quer que os estados imponham regulamentos por conta própria, não deixando a questão para o governo federal

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi visto como um oponente dos jogos de cassino quando foi eleito no final de 2018. Ele tinha opiniões conservadoras que muitos acreditavam que impediriam os esforços para trazer resorts integrados e apostas online para o país.

A posição de Bolsonaro sobre o assunto se abrandou desde então, e ele agora aparentemente favorece a legalização dos cassinos no Brasil. Mas ele quer que os estados imponham regulamentos por conta própria, não deixando a questão para o governo federal.

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O presidente se reuniu recentemente com Marcelo Álvaro Antônio, chefe do Ministério do Turismo do Brasil, e com os líderes parlamentares Vitor Hugo e Newton Cardoso, Jr., chefe do Comitê de Turismo. O resultado dessa reunião é que Bolsonaro liberalizou sua visão sobre os cassinos.

Os jogos de cassino têm apoio entre os políticos brasileiros, tanto em nível federal quanto local, e há projetos de lei antes do congresso para considerar resorts integrados, apostas móveis e online e apostas esportivas.

O prefeito Marcelo Crivella, do Rio de Janeiro, um dos principais destinos turísticos do Brasil, está entre os formuladores de políticas públicas que pressionam por uma maior legalização dos jogos.

“Estamos lutando agora para que o Congresso Nacional brasileiro nos permita ter cassinos aqui, algo que o mundo moderno já gosta e que nós [também] queremos ter [aqui] no Rio”, disse ele recentemente.

Em dezembro passado, o congresso brasileiro aprovou um projeto de lei que permite a venda de casas de apostas esportivas online e no varejo.

Grande oportunidade

A chance de operar no Brasil provavelmente atrairia uma grande parte dos maiores nomes da indústria do jogo. Sede da maior economia da América Latina, o Brasil é também o sexto maior país do mundo em população, com mais de 211 milhões de habitantes.

O turismo também é um dos principais motores da economia, e os dados indicam que as chegadas estão aumentando. O país atraiu um recorde de 6,62 milhões de visitantes no ano passado, indicando que o Brasil pode ser um território fértil para as empresas de jogos.

Se os jogos de cassino forem legalizados no Brasil, espere que Las Vegas Sands seja um jogador. Em 2017, o CEO e presidente da Las Vegas Sands, Sheldon Adelson, discutiu com o então presidente Michel Temer um resort integrado, e Adelson visitou o país novamente no ano passado, vários meses antes de Bolsonaro ser eleito.

Amigos em lugares altos

Os laços de Adelson com o presidente Trump podem ser compensados se o Brasil avançar com planos integrados de resorts. Alegadamente, Trump, em uma reunião de 2017 com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, destacou o desejo de Las Vegas Sands de conseguir uma das licenças de jogo mais procuradas do Japão.

Acredita-se que quando Bolsonaro, muitas vezes chamado de “Trump of the Tropics”, se reuniu com o presidente dos EUA na Casa Branca no início deste ano, Trump fez a mesma coisa e manifestou o interesse de Adelson em construir um cassino brasileiro.

Quase três anos atrás, a Câmara Baixa do Congresso Brasileiro aprovou uma legislação que permitiria aos 26 estados brasileiros ter três casinos de tijolo e argamassa cada um.

Os políticos locais favorecem os cassinos por causa dos benefícios econômicos, incluindo uma estimativa de US$ 5,2 bilhões em receitas fiscais anuais para o governo e o potencial de criar 600.000 empregos diretos.

Ambos são considerações para Bolsonaro enquanto ele luta com uma economia nacional flácida. Os economistas vêm reduzindo as metas de crescimento do PIB para o Brasil, e alguns acreditam que o país está perto de uma recessão.

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