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Itajaí tem inúmeros obstáculos de mobilidade para pessoas com deficiência

Vereador alerta que problemas estão espalhados até mesmo na região central da cidade

Avenida Contorno Sul: ponto de ônibus sobre piso tátil.(Marcelo Roggia)
Avenida Contorno Sul: ponto de ônibus sobre piso tátil.(Marcelo Roggia)

A mobilidade urbana tem sido alvo de inúmeras críticas em Itajaí. São congestionamentos, ruas esburacadas, problemas no transporte público, falta de ciclovias, enfim, diversos obstáculos para motoristas, ciclistas e pedestres. Mas, se a situação geral já é difícil, imagine para pessoas com deficiência, que precisam se livrar de verdadeiras armadilhas. Até mesmo na região central da cidade é fácil encontrar problemas graves, como barreiras formadas por pontos de ônibus e placas sobre os pisos táteis das calçadas – que indicam o caminho para cegos.

Por conta dessas dificuldades, o vereador Thiago Morastoni (PT) apresentou indicação na sessão da noite desta terça-feira (05), solicitando que a Prefeitura de Itajaí fiscalize as calçadas adaptadas para pessoas com deficiência em toda a cidade, notificando proprietários que estão em desacordo com a legislação municipal e, principalmente, reformando as calçadas de órgãos públicos que encontram-se na mesma situação. “Muitos órgãos públicos contam hoje com calçadas fora dos padrões para pessoas com deficiência. Infelizmente, quem deveria dar exemplo não faz nem a sua parte”, destaca o parlamentar.

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Atualmente, em Itajaí, faltam rampas para cadeirantes, as calçadas adaptadas para deficientes têm problemas graves, não há semáforos com sinais sonoros, entre outras complicações. “É lamentável que isso ocorra. Além da total falta de consideração com as pessoas com deficiência, a Prefeitura de Itajaí acaba tendo um gasto duplo. Fazem obras de qualquer maneira, para cumprir prazos, e depois têm que consertar”, lembra o vereador.

Thiago Morastoni cita dois casos, em pontos extremamente movimentados. O primeiro na Avenida Ver. Abrahão João Francisco, a Contorno Sul, que atualmente passa por uma revitalização. Lá, os operários contratados pela administração municipal conseguiram fazer a reforma da calçada com o piso tátil indo de encontro com dois pontos de ônibus ao lado da Univali. Problema semelhante ocorre no entorno da Prefeitura, onde o deficiente visual que caminha pelo piso tátil corre o risco de bater de frente com placas e até o parquímetro de estacionamento.

“São casos absurdos. Onde já se viu reformar uma calçada e passar o piso tátil de encontro aos pontos de ônibus, onde há intenso movimento de estudantes. E no entorno da Prefeitura é praticamente a mesma irresponsabilidade. São duas piadas de mau gosto com as pessoas com deficiência. Além de não termos os bairros preparados para atender esses itajaienses que tanto necessitam, a administração pública ainda faz absurdos como esses. É preciso maior responsabilidade de nossas autoridades”, finaliza o vereador, que destacou o tema no uso da tribuna do Legislativo.

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