O sofrimento do pequeno E.P., de apenas cinco anos de idade, fez o vereador Thiago Morastoni (PT) usar a tribuna na sessão da noite desta quinta-feira (06), na Câmara de Vereadores de Itajaí, para alertar sobre a falta de cuidados com crianças especiais nas escolas e creches do município. O menino é portador de osteogênese imperfeita, também conhecida como doença dos ossos de vidros, e já quebrou a perna direita duas vezes quando estava no centro de educação infantil em que estuda.
Thiago Morastoni ressalta que o fato é bastante grave, porque E. precisa urgentemente de acompanhamento integral por parte de agentes de apoio em educação especial, mas isso não vem ocorrendo. “A família luta por esse atendimento diferenciado, essencial e de direito há cerca de quatro anos, mas até agora os responsáveis pela Secretaria de Educação não resolveram a questão definitivamente. Infelizmente, hoje o menino não tem os cuidados que necessita na creche”, destaca.
E. sofreu a primeira queda e fraturou a perna direita quando tinha um ano e 11 meses de idade e estava sob os cuidados dos profissionais do centro de educação infantil. Agora, no final de fevereiro, o menino quebrou a mesma perna, novamente na creche. “Desde 2012, o secretário de Educação Edison d’Ávila justifica que a demora é involuntária, em função da chamada de pessoal do último concurso público. Isso é inaceitável. Onde está o planejamento da Secretaria de Educação?”, questiona o parlamentar, mostrando no telão do Plenário imagens atuais do menino, preservando sua identidade. Ele ficará com a perna engessada por mais 60 dias.
Thiago Morastoni também recebeu denúncias de pais de alunos e professores, informando que o problema existe em outras unidades municipais de ensino de Itajaí. Em função disso, protocolou requerimento com uma série de questionamentos ao Executivo. O vereador quer saber, entre outras coisas, se todas as crianças com necessidades especiais recebem acompanhamento de agentes de apoio em educação especial; quantos desses profissionais fazem parte do quadro de servidores do município, informando os nomes e lotações; quantas crianças com necessidades especiais estão devidamente matriculadas na rede pública municipal de ensino; e se existe atualmente concurso aberto para a contratação de agentes de apoio em educação especial.