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Entidades de Brusque se unem para protestar contra implantação de radares

Preocupadas com os impactos negativos que a instalação prevista de 27 radares invisíveis (pardais) poderá causar na imagem e na economia da cidade, as principais entidades de classe lançaram a campanha “Brusque contra os radares”, que está sendo veiculada nas principais mídias locais (jornal, rádio e outdoor) e já ganhou as redes sociais.

No Facebook, os brusquenses têm se manifestado contrários ao método sugerido pelo município para tentar coibir os abusos de velocidade. Acompanhando a opinião das lideranças empresariais, os comentários destes internautas consideram que os pardais não estimulam a consciência para o trânsito seguro, sendo apenas um meio de arrecadação com as multas.

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O assunto também foi alvo de uma petição pública no site Avaaz.org, na qual o autor, Max T. considera um retrocesso a instalação dos pardais. Na sua visão, isto significa trazer para Brusque, a “indústria da multa”. O texto relembra uma reportagem do programa Fantástico (Rede Globo), que denunciou um esquema de corrupção envolvendo empresas fabricantes/de monitoramento de radares e várias prefeituras dos três estados do Sul. A petição já recebeu 350 assinaturas e deverá ser entregue ao chefe do Executivo, com um pedido para que o município repense a política de trânsito da cidade.

Brusque é polo regional do comércio e recebeu por várias vezes o prêmio Top of Mind como cidade de pronta entrega. Acolhe diariamente milhares de compradores de todo o Brasil e de outros países, que chegam de ônibus e de carro para fazer negócios. A economia da cidade depende destes clientes e as entidades temem que os radares possam prejudicar o comércio, se os compradores desavisados começarem a ser multados sistematicamente.

Entre as entidades autoras da campanha “Brusque contra os Radares”, a opinião unânime é questionadora quanto à eficiência desta forma de punição aos excessos de velocidade, na qual os motoristas são multados por equipamentos escondidos. “A Associação Empresarial (ACIBR) não é contra a fiscalização. É contra, sim, a fiscalização sem sinalização. Tememos que a instalação dos radares possa gerar dúvidas e afugentar as pessoas que fazem turismo de negócios na cidade”, afirma Edemar Fischer, presidente da entidade.

O presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) disse que representa os interesses e necessidades dos empresários do setor e por isso se posiciona contra os radares. “Fizemos pesquisas entre os associados, conversamos com eles e por isso temos a convicção de que os radares não irão colaborar com o comércio local”, diz Altamir Antonio Schaadt, presidente da CDL.

Na mesma linha, o presidente da Ampe (Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque), Luiz Carlos Rosin, afirma que é preciso tratar bem o visitante ao invés de puni-lo. E isso inclui, na sua opinião, a colocação de radares educativos, para que o motorista saiba que está sendo monitorado e entenda que em determinados pontos há necessidade de se trafegar com maior segurança. “Entendemos que a colocação dos radares pode não ser tão eficiente para a redução das mortes como se imagina”.

Assinam a campanha, ainda, o Sindilojas de Brusque (Sindicato do Comércio Varejista, o Sindivest (Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba) e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Brusque. Num levantamento feito por estas entidades, dos 295 municípios catarinenses, apenas 21 têm radares do tipo “pardal” em vias urbanas, sendo que a maioria opta pelas lombadas eletrônicas, que são equipamentos visíveis, estimulando a educação para o trânsito. O objetivo da campanha não é evitar que se penalize as infrações, mas converter a repressão pela multa por medidas educativas e de conscientização.

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