Na tarde de quinta-feira (26), representantes de entidades, poder público, vereadores e comunidade em geral reuniram-se na Câmara de Vereadores para discutir a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Sancionada em 2012, pela presidente Dilma Rousseff, a Lei da Mobilidade prioriza o transporte público coletivo e os meios não motorizados de transporte como a bicicleta, buscando a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas.
Logo no início do encontro, o Tenente-Coronel da Polícia Militar, Marcelo Martinez Hipólito, apresentou os dados das ruas com maior incidência de acidentes de trânsito em Balneário Camboriú, sendo que a Avenida Brasil é a campeã de acidentes com vítimas.
Já o secretário de Segurança João Olindino Koeddermann e o secretario de Planejamento Auri Pavoni, falaram em nome da administração municipal sobre os projetos e programas que vem sendo implantados na cidade. Auri destacou que o município é um dos poucos no Brasil, que possui um Plano Municipal de Mobilidade Urbana.
O presidente da Associação de Ciclistas de Balneário Camboriú (ACBC), Mário Bazan, falou sobre os planos cicloviários federais e o documento protocolado na prefeitura recentemente, contendo dezessete itens prioritários, entre eles a construção imediata da ciclovia na Avenida Atlântica, umas das mais importantes vias da cidade e a implantação de bicicletários em espaços públicos.
Atalavio Vacari, presidente da Associação de Apoio as Famílias de Deficientes Físicos (AFADEFI), pontuou as dificuldades encontradas pelos cadeirantes, como transporte coletivo precário e pouca acessibilidade em bares e restaurantes, que muitas vezes não estão adaptados para receber esses moradores e turistas. Vacari citou como exemplo também, as entradas de edifícios, onde muitos deles não possuem rampas adequadas e portas fora das medidas apropriadas.
A vereadora Marisa Zanoni Fernandes (PT), proponente da Audiência, avaliou como “positivo” o encontro e disse que uma nova reunião deve ser agendada em breve para aprofundar o assunto. “Ficamos felizes em saber que já temos um Plano Municipal de Mobilidade Urbana, o próximo passo agora é estudá-lo e discutí-lo, propondo as melhorias que forem necessárias e partir daí cobrar do Poder Público o seu cumprimento” concluiu.