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Curso formará palhaças e palhaços em Balneário Camboriú

Os futuros palhaços e palhaças participam do projeto “Território do Riso – Formação em Palhaçaria”

Curso formará palhaças e palhaços em Balneário Camboriú
Divulgação

Desde maio, uma turma de alunos recebe formação em uma área pra lá de divertida em Balneário Camboriú: a palhaçaria. Os futuros palhaços e palhaças participam do projeto “Território do Riso – Formação em Palhaçaria”, patrocinado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Balneário Camboriú (LIC).

Os encontros ocorrem mensalmente, até setembro, na sede da Primo Atto Produções. O último foi de quinta-feira, 21, a domingo, 24. As aulas são ministradas pela palhaça, atriz, produtora cultural e professora de palhaçaria Lia Motta, da Cia Palhaça Sem Lona, de Porto Alegre (RS). Lia conta com a assistência de Bia Alvarez, que é integrante da Rede Catarina de Palhaças e também é palhaça, atriz e produtora cultural.

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No aquecimento de sexta-feira, 22, em um exercício em que os alunos tinham de ficar frente a frente, Lia deu pistas do que é ser palhaço (para quem não é da área): “Não desviem o olhar. É para respirar, não virar estátua viva. Não se levem tão a sério, é pra se divertir. Ninguém aqui é tão importante assim. Se a gente fosse se levar a sério, a gente estaria estudando para ser … juiz”, concluiu Lia, com uma risada debochada, enquanto andava entre os alunos.

Para participar, os interessados se inscreveram e passaram por uma seleção. O candidato não precisava, necessariamente, ter experiência artística. Vanessa Vzorek, 32 anos, que já trabalhou com teatro de rua em Curitiba (PR), procurou o curso porque se sentia tímida, com receio de se expor. “Está sendo um recomeço pra mim, estou encontrando outros lugares dentro do humor, um humor um pouco mais ácido. As coisas estão fluindo, pra mim está sendo bonito”, comentou Vanessa.

Já Mônica Kfouri, 63, sempre foi extrovertida. Ela se inscreveu no curso porque está estreando na carreira artística. Aposentada da área administrativa e financeira, Mônica começou a se dedicar ao canto neste ano. Em setembro, vai se apresentar em público pela primeira vez, com o coral que integra. “Quando eu cantar em público, vou conseguir me desinibir melhor. Na apresentação, pretendo juntar o canto lírico com a palhaçaria”, planeja Mônica.

Mulheres predominam

O projeto “Território do Riso – Formação em Palhaçaria” é realizado pela Cia de Palhaças As Mareadas, de Balneário Camboriú, composta pelas atrizes Bruna Pierami (palhaça Sollí) e Monique Neves (palhaça Sorella).

Cursos como esse, de formação continuada, são raros e refletem o bom momento da palhaçaria no Brasil. “Balneário Camboriú está acompanhando essa tendência nacional, está no circuito nacional da palhaçaria”, comenta a diretora de Interação Cultural da Fundação Cultural, Bia Mattar.

No curso patrocinado pela LIC, é possível verificar outra tendência: a crescente presença feminina numa área artística dominada antigamente por homens. Dos 22 participantes do curso, 17 são mulheres. “Mulher palhaça não tinha muito espaço, não conseguia entrar no circuito, ela tinha que se caracterizar de homem. Isso porque o palhaço é relacionado ao ridículo, e existe uma cobrança que a mulher tem que ser perfeita, bonita. Mas hoje existem festivais só de palhaçaria feminina”, comemora Monique.

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