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A disputa no PL de Balneário Camboriú e ‘o enganado(r)’

Deslealdade e poder: uma análise dos acordos rompidos no PL de Balneário Camboriú

Vamos mergulhar de cabeça na disputa interna do PL de Balneário Camboriú para definir quem será o próximo candidato da situação na sucessão ao prefeito Fabrício Oliveira. As conversas nos bastidores políticos locais de BC estão fervilhando, e tudo gira em torno da disputa entre Carlos Humberto (CH) e Fabrício Oliveira (FO).

Para entender a crise que se instaurou com a escolha do candidato na sucessão do prefeito Fabrício, precisamos analisar alguns aspectos intrigantes. A principal controvérsia se dá em torno dos acordos políticos estabelecidos antes das eleições de 2022, quando CH fez um acordo com vereadores de sua base que pretendiam se candidatar a deputado estadual. O compromisso estabelecido era que, se eleito deputado em 2022, CH apoiaria em 2024 algum dos vereadores ou outros nomes do grupo presente na reunião, entre eles: Mazoca (presidente do PODEMOS), Omar Tomalih, Anderson Santos, Kaká, marcos Kurtz e o próprio Prefeito Fabrício.

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Outros acordos foram construídos em torno desse combinado com CH, envolvendo empresários da cidade, líderes religiosos e o então candidato ao governo, Jorginho Melo. O acordo era bastante claro e simples: a sucessão em BC seria uma escolha do grupo liderado por FO, reforçando o acordo prévio feito por CH antes das eleições do primeiro turno. Além disso, FO se filiou ao PL e assumiu o comando do partido. O objetivo desses acordos era eleger um deputado estadual para beneficiar a cidade e manter o grupo no poder.

No entanto, após a vitória de CH para deputado, ele simplesmente ignorou todos esses acordos, mesmo que tente negar. Todos sabem que foi combinado, inclusive ele. E é exatamente por conta dessa postura adotada por CH após sua eleição que a disputa dentro do PL de BC está ocorrendo.

É fácil entender as motivações de CH. Qualquer obstáculo que ele possa criar para o prefeito Fabrício e para o governador Jorginho Melo pode render dividendos políticos, seja em poder estadual ou municipal. Ou seja, ele está criando dificuldades para negociar benefícios, algo bem comum no ambiente político.

Mas quem são os verdadeiros enganados nesse processo? Em primeiro lugar, os eleitores de BC, que acreditaram na narrativa de CH sobre a necessidade de representação da cidade junto ao Governo do Estado. Qual será o prejuízo da cidade ao perder um deputado? Se CH é realmente atuante, a perda será enorme. Mas e se ele for um deputado insignificante? A cidade ganharia o quê com um ex-deputado insignificante como prefeito? Qualquer justificativa de CH será apenas uma falácia.

Os segundos enganados são os vereadores, o prefeito Fabrício e o governador Jorginho Melo. Todos eles construíram acordos levando em consideração a posição de CH de não ser candidato na sucessão de FO, caso fosse eleito deputado, o que de fato aconteceu. O mais espantoso é a negação de CH em reconhecer esses acordos. Movido por seu desejo de ser prefeito a todo custo, colocando seu projeto pessoal acima de tudo, ele está destruindo as pontes que foram construídas e que viabilizaram sua própria eleição.

Todos sabem das dificuldades enfrentadas por CH nas eleições, com milhões gastos em poucos votos. Sua ascensão ao poder se deu graças ao êxito do governo municipal em BC, liderado pelo grupo de Fabrício, e CH foi eleito vice-prefeito em duas oportunidades. Sua primeira vitória eleitoral, sem dúvida alguma, foi conquistada colhendo os frutos dessa parceria com FO.

Agora, CH aposta alto na tensão interna do PL, desqualifica outros postulantes e se faz de vítima para defender seu nome como candidato. Ele fala em pesquisa para justificar sua candidatura, mas será que essa pesquisa incluiria seu nome? Se ele realmente cumprisse o acordo estabelecido, não seria necessário.

E as vítimas nessa história, são na verdade os eleitores do deputado e os companheiros que viabilizaram sua eleição. As relações entre CH e FO parecem irreconciliáveis, indicando que um consenso entre eles é improvável. Pessoas próximas a ele afirmam que CH sempre esperou por essa oportunidade para seguir seu projeto de poder, e uma delas até faz um alerta: “Você pode enganar alguns por algum tempo, ou muitos por algum tempo, mas jamais todos o tempo todo… CH certamente enfrentará dificuldades na política por posturas como essa”.

Só nos resta aguardar os próximos capítulos dessa disputa intensa no Partido Liberal de Balneário Camboriú.

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