O Click Camboriú tem um alcance impressionante. O Papito Talks tem crescido exponencialmente. E dói no meu coração saber que a partir do ano que vem números não importarão mais. A regulamentação da internet acabará com o alcance de todos que propagam conteúdo por meio dela.
“Dimorais” já deu a letra: a internet deu voz aos “imbecis”. Ele já declarou em alto e bom tom que a liberdade de expressão precisa ter LIMITES. Em outra ocasião disse que influenciadores são “supostamente pertencentes à imprensa”, que se misturam à “imprensa séria e tradicional”.
O “Freeza brasileiro” diminui os formadores de opinião dizendo que são “supostos jornalistas” e “supostos influenciadores”, que suas publicações corroem a imprensa tradicional e são nocivas para o sistema eleitoral e judiciário.
Dito isso, precisamos entender que a imprensa tradicional – ou seja, quem detinha o controle da informação – perdeu poder. Hoje qualquer pessoa tem, através das plataformas digitais, o mesmo poder que outrora somente a imprensa tinha.
Esse é o cerne da questão! Os poderosos veem como uma ameaça um cidadão comum ter tanto poder de influência assim. E quando falam em regulamentar a internet, não se trata de combater crimes de ódio. Ingenuidade de quem acredita.
A censura não se trata apenas do que se pode ou não pode falar, mas trata, principalmente, de quantas pessoas podem ser alcançadas por aquilo que você difunde na internet. Logo, limitar o alcance será um dos pilares da regulamentação da internet.
Isso ameaça direta e indiretamente várias novas profississões, entre elas a de influenciador, jornalista independente e criador de conteúdo em geral. Também será o fim do marketing digital. Não será mais uma realidade fazer milhões de reais em minutos, como hoje é possível fazer.
Tanta gente mudou sua realidade e de sua família, graças à internet, mas isso acabará. A escalabilidade que a internet proporciona, será podada. A possibilidade de adquirir recursos e poder, que não seja da maneira tradicional, não será admitida.
A monetização através das plataformas digitais serão taxadas e/ou limitadas, para que ninguém tenha a possibilidade de receber grandes fortunas. E o governo volta a ter o controle através das verbas publicitárias institucionais, que só a imprensa tradicional terá direito.
A internet é vilã.