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Presidente do PR fala sobre sua pré-candidatura a prefeito de Balneário Camboriú

Confira a entrevista com Carlos Humberto Metzner Silva

Carlos Humberto e o jornalista Pedro Guilherme.
Carlos Humberto e o jornalista Pedro Guilherme.

Na semana que passou, conversei com Carlos Humberto Metzner Silva, empresário do ramo da construção civil, presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), presidente do Partido da República (PR) e pré-candidato a prefeito de Balneário Camboriú.

Nesta conversa, abordei assuntos pertinentes a atual situação política do município e sua pré-candidatura. O conteúdo, você confere a seguir:

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O VICE-PREFEITO CLÁUDIO DALVESCO ESTÁ AUSENTE DA PREFEITURA HÁ NOVE MESES. POR QUE O AFASTAMENTO?

O Cláudio rompeu politicamente com o Piriquito. Politicamente não existe mais um alinhamento. Porém, ele continua exercendo a função de vice-prefeito. Ele continua correndo a cidade, ele continua vendo os problemas, ele continua discutindo as soluções, ele continua participando da vida social da cidade como ele sempre participou, dos clubes de serviços, dos sindicatos, das associações dos bairros. E ele se encontra preparado para assumir a prefeitura de Balneário Camboriú no caso de falta ou de impedimento do titular. Essa é a função do vice-prefeito. O vice-prefeito não ocupa cargo no executivo. O vice-prefeito precisa ficar a disposição do município, e por ficar a disposição do município, tem uma série de ações que ele não pode tomar na vida privada, porque ele tem que estar pronto. Amanhã ou depois se o prefeito vier a viajar, a faltar ou a ser impedido, ele está pronto e apto a assumir a prefeitura, cumprindo aquele papel pelo qual ele foi eleito, que é esse. Ele não está com problema de saúde, ele não está afastado por nada disso. Ele está correndo a cidade, está conversando com as pessoas, e cumprindo o papel dele, do jeito que a constituição manda, do jeito que a lei orgânica do município manda, da melhor maneira possível.

MAS COMO O PARTIDO VÊ O FATO DELE JUSTIFICAR A AUSÊNCIA POR QUESTÕES DE SAÚDE?

Ele nunca deu essa justificativa, ele nunca deu essa declaração, e a gente não sabe de onde isso saiu. Pós-eleições para deputado, o Cláudio Dalvesco, durante 60 dias, fez um tratamento de saúde. E terminou! Ele não está afastado de nada. Ele é vice-prefeito! E o partido apoia ele quanto vice-prefeito. Agora, ele como vice-prefeito cumpre prerrogativas inerentes ao vice. E todas as prerrogativas inerentes ao vice, ele vem cumprindo, da melhor maneira possível.

NÃO QUE SEJA ILÍCITO, MAS NÃO É ESTRANHO O PREFEITO COLOCAR O SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO URBANO FÁBIO FLOR PARA REPRESENTÁ-LO EM SUA AUSÊNCIA?

Se o vice-prefeito não é convocado a participar, é normal. Enquanto o prefeito está no exercício da função, não cabe ao vice-prefeito representar o prefeito. Ou o prefeito se faz representar, ou manda representante. Porque quem está no exercício do poder, é o prefeito. Não é o vice-prefeito. O vice-prefeito continua na expectativa. Ele pode vir a representar o prefeito, se o prefeito mandar o ofício ou solicitar que ele o faça. Ele pode mandar o vice-prefeito, como pode mandar qualquer um daqueles que fazem parte do executivo.

MAS ISSO DEIXA EXPLÍCITO QUE HÁ UMA MÁCULA NO GOVERNO.

Deixa explícito que existe um rompimento político entre os dois. O PR hoje não faz mais base do governo. O PR hoje exerce uma função de independência. Vota em tudo aquilo que for bom para cidade. Aqui que for ruim, tem a liberdade total para votar contra, para criticar, como também tem a liberdade para elogiar aquilo que está certo.

COM O SENHOR ENTRANDO NA DISPUTA PELA PREFEITURA NAS ELEIÇÕES DO ANO QUE VEM, O QUE PRETENDE FAZER POR BALNEÁRIO CAMBORIÚ, CASO ELEITO?

Eu sou o único pré-candidato do PR hoje, mas isso não quer dizer que amanhã não venha a surgir outros. Quanto às propostas, primeiro: uma reforma administrativa ampla, diminuindo a máquina, dando agilidade para que a gente possa reduzir custos. Segundo: um sistema de controle eficiente quanto à corrupção. Nós não temos hoje esse controle. Balneário Camboriú, por uma soma de fatores, acabou tendo alguns escândalos de corrupção colocados, e nós temos que ter um instrumento de controle muito bem aplicado para que a gente não volte a passar por isso de novo. Ainda mais uma cidade turística que precisa se vender como uma cidade diferente. A gente não pode ter esse tipo de coisa acontecendo em Balneário Camboriú. Terceiro: a gestão da máquina pública mais eficiente tem que iniciar pela saúde. Balneário Camboriú não vive um bom momento na saúde. Nosso hospital municipal precisa de uma gerência muito mais bem organizada e preparada. Precisamos de uma menor interferência política na saúde e uma questão profissional muito mais bem aprimorada. Não falta dinheiro para o sistema de saúde de Balneário Camboriú. R$ 119 milhões são as previsões de aplicação na saúde nesse ano. É muito dinheiro! Se hoje a gente não vive um bom momento na saúde, é questão de gerência. E a questão da educação não é diferente a da saúde, apesar da saúde viver quase que um caos, mas a educação também não passa por um bom momento. E tudo o que pudermos aprimorar para a saúde, nós temos que trazer para a educação. Na segurança pública, da mesma forma. A gente assistiu agora nos últimos meses tudo o que aconteceu na questão da segurança pública. Não é uma questão para o município resolver, é lógico que não. Mas se a gente parasse de brigar com o governo do estado e passássemos a ter uma relação mais cordial, provavelmente o estado olharia diferente para nós, e nós conseguiríamos ter uma ação do estado muito mais eficiente aqui dentro. O mais importante de tudo: a gente só vai conseguir colocar isso em prática, se nós conseguirmos dar transparência, para as contas públicas, para as ações, para as contratações, e a gente conseguir ter uma participação da administração popular muito mais eficiente. O prefeito não pode ficar fechado em um gabinete. Tem que ir para rua, tem que escutar os sindicatos, as associações, os líderes comunitários. E tem que ter a coragem, se quiser dar transparência tem que ter a coragem, todo o mês – e se um dia eu for prefeito isso vai acontecer – todo o mês tem que ser enviado uma correspondência para cada munícipe. Para mandar o carnê do IPTU nós somos altamente ágeis. Tem que mandar para o contribuinte quanto foi recebido, quanto que tem em caixa, quanto custou o custeio da máquina pública, e quanto tem disponível para investir. A gente não tem que ter medo de passar isso para a população. Muito pelo contrário! É o que as pessoas querem. Uma gestão diferente, uma gestão participativa. O prefeito é funcionário do povo, e como funcionário, tem que prestar contas. Eu se for prefeito, não tenha dúvidas disso, todas as informações seriam geradas e enviadas para o contribuinte todo mês.

E A SINDUSCON? VAI DEIXAR O CARGO DE PRESIDENTE DO SINDICATO?

Eu me licencio do sindicato da construção civil em março. Final de março eu me licencio da Sinduscon para me dedicar única e exclusivamente a direção partidária e a minha pré-candidatura.

E SEU ENVOLVIMENTO COM A CONSTRUÇÃO CIVIL? ONDE QUE CONSTRUÇÃO CIVIL E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SE MISTURARIAM? ACASO O SENHOR TRABALHARIA FAVORECENDO A CLASSE, BENEFICIANDO A CONSTRUÇÃO CIVIL DE ALGUMA FORMA?

Se o Carlos Humberto um dia fosse prefeito [falando em terceira pessoa], o comércio, os serviços, a população, os funcionários públicos, os autônomos, e a construção civil, seriam beneficiados por uma boa gestão, por uma gestão eficiente. Todos da cidade, e a construção civil está inclusa na cidade, se beneficiaria do processo. A construção civil se beneficiaria como todos os outros meios econômicos e sociais se beneficiaria.

E AQUELA CARTA DA OPOSIÇÃO, O SENHOR FOI O ÚNICO QUE NÃO ASSINOU. QUAL SERIA O MOTIVO DE NÃO TER ASSINADO E COMPACTUADO COM AS CRÍTICAS DAQUELE GRUPO?

O que une aquele grupo é que todos não fazem parte do governo. E o PR hoje não faz parte do governo. Então nós somos iguais aos outros nesse ponto, em não fazer parte do governo. Agora, o PR tem um projeto próprio para Balneário Camboriú. Nós vamos trabalhar com uma candidatura própria, capitaneada pelo Partido da República. Lógico que política não se faz sozinho. Nós vamos precisar de um apoio amplo, de diversas sigas partidárias, de diversos candidatos, de diversas lideranças, mas nós entendemos que nesse momento, o partido que quiser ser vitorioso nas eleições e dar uma proposta para Balneário Camboriú, esse é o momento de se fazer isso de maneira individual. As coligações partidárias estão muito longe de acontecer ainda, o prazo final é dia 5 de agosto do ano que vem. Nós não temos as portas fechadas pra ninguém, nós conversamos com todos os partidos de maneira aberta e transparente, mas sempre com um posicionamento claro, de que o PR quer disputar as eleições e nós queremos apoio para o projeto do PR.

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