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Especialista em turismo afirma que região é referência nacional

O setor de turismo só funciona se houver a parceria público-privada com o terceiro setor. Esse foi recado claro deixado pela socióloga e consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e diretora técnica do Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH), Tânia Zapata, para representantes da Governança da região da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí, Amfri, em reunião na tarde de terça-feira, 4. Entre os participantes do encontro, o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Camboriú, Ademar Schneider, que avaliou positivamente a reunião.

Tânia veio saber sobre o andamento do Grupo Gestor e também esclareceu sobre a importância e a competência de governanças para o desenvolvimento do turismo sustentável. Segundo a socióloga, a formação de instâncias de governança são resultado de um termo de parceria entre o Ministério do Turismo – Mtur e o IADH, para fortalecer as regiões turísticas onde há destinos indutores. Vale lembrar que, segundo o Ministério, em Santa Catarina são três os municípios que induzem os visitantes a ampliar o turismo na sua região: Balneário Camboriú, São Joaquim e Florianópolis.

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A palestra proferida pela consultora revelou a importância da cooperação entre os representantes públicos e privados, para exercer o planejamento e a gestão das atividades turísticas. Estiveram presentes secretarias e entidades de turismo da região da Amfri e também a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina (SOL), através da gerente de políticas do Turismo, Elisa Wypes Sant`Ana de Liz.

Se por um lado Tânia Zapata discutiu as ações estratégicas para motivar os trabalhos da Governança Regional, por outro conheceu, através dos participantes, uma realidade na região: o confronto entre coordenadorias de turismo, o que estaria desestimulando o setor. O secretário Ademar afirmou ser completamente favorável à regionalização do turismo, mas reclamou da falta de poder de decisão nos municípios e na região. “Trabalhamos muito pela regionalização, mas falta cooperação estadual e respeito pelo que Balneário Camboriú representa, não só para a região, mas como destino indutor de turismo nacional”, analisou.

“A gente está solicitando essa força. Em Balneário Camboriú, por exemplo, nos faltou respaldo político em 2009, tanto que o setor de Turismo do município não recebeu o apoio financeiro que deveria ter recebido do Estado para grandes eventos e projetos”, lamentou. Ademar se refere a projetos que no ano passado foram encaminhados e aprovados pelo Conselho de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), que retornaram aos prefeitos e foram novamente aprovados, e que nesse momento, foram divulgados na imprensa, mas que acabaram esbarrando na avaliação estadual.

Tânia identificou o problema relatado não só pelo secretário Ademar, mas também por outros participantes da reunião. “Queremos que essa reunião sirva para, dentro desse contexto, sabermos se a Governança tem seu espaço, seu poder de decisão, ou não. Turismo é uma atividade de mercado que não pode ser gerida pelo setor público, deve haver a cooperação entre os setores”, ratificou. A gerente da SOL, Elisa Wypes, explicou sobre a tramitação atual dos projetos e que a novidade é que agora terão que obedecer ato normativo, com maior possibilidade de aprovação, se estiverem de acordo com planejamento turístico estadual.

Apesar da polêmica revelada pelos participantes à palestrante, que veio para motivar os trabalhos de desenvolvimento do turismo regional, Tânia informou que a região da Amfri se apresenta como referência de cooperação público-privada para o Estado e para o Brasil.

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