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Diretora do Hospital Ruth Cardoso deixa cargo em meio à crise após morte de bebê

Andressa anunciou sua saída em uma mensagem de despedida, marcada por insinuações de corrupção, ganância e desmandos dentro da Secretaria de Saúde de Balneário Camboriú

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A crise instalada no Hospital Municipal Ruth Cardoso após a morte do recém-nascido Ragner Ramos Leitemperger durante o parto ganhou novos desdobramentos nesta segunda-feira (28). A diretora da unidade, Andressa Hadad, foi exonerada do cargo por meio da Portaria nº 32.770/2025, assinada pela prefeita Juliana Pavan.

Em paralelo, Andressa anunciou sua saída em uma mensagem de despedida enviada ao grupo de servidores do hospital, marcada por insinuações de corrupção, ganância e desmandos dentro da Secretaria de Saúde de Balneário Camboriú. “Foram dias muito intensos e difíceis, onde vi a crueldade humana se desenhar frente aos meus olhos, conheci algo jamais visto em meus 24 anos de atuação profissional, mas o que me orgulho ainda mais é que não me corrompi”, escreveu Andressa no comunicado enviado ao grupo de servidores do hospital. Sem esclarecer se pediu exoneração ou se foi afastada, e por quais motivos, a agora ex-diretora também afirmou que “o ego, ganância e poder hoje predominam frente à Secretaria de Saúde” e que “os dias mostrarão o fim derradeiro”.

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A saída de Andressa ocorre poucos dias após a morte do bebê, um caso que gerou forte comoção e expôs falhas graves no atendimento obstétrico do hospital. A família da criança denuncia negligência médica, omissão de socorro e inconsistências nos documentos emitidos após o óbito.

O marido de Andressa, conhecido como Olodum, também se manifestou nas redes sociais antes da nota de despedida, criticando duramente a gestão da saúde municipal. Em comentários públicos, ele afirmou:

“Tem equipe de médicos nesse hospital que não deveriam ali estar, e isso já vem desde o outro governo. Espero que o atual governo reveja a situação, retirando as empresas que compõem esses médicos que negligenciam a vida humana.”

Em outro comentário, reforçou:

“Tenho informações que isso ocorre com frequência no Hospital Ruth Cardoso. Devem ser investigados os médicos donos das empresas que continuam a vencer as licitações, e a Secretaria de Saúde por permitir que essas empresas continuem mesmo após serem consideradas incapacitadas. Portanto, o sangue dessa criança também está nas mãos da secretária de saúde.”

As declarações agravam ainda mais o cenário de instabilidade dentro da administração municipal, que já vinha sendo pressionada pela morte do bebê, pelas falhas no atendimento relatadas pela família e pela abertura de sindicância interna para apurar responsabilidades.

Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Balneário Camboriú não havia se pronunciado oficialmente sobre a saída de Andressa Hadad.

O Click Camboriú segue acompanhando os desdobramentos do caso.

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