Começa na próxima terça-feira, 7, a terceira edição do Didge Garage Band, festival de bandas de garagem em Balneário Camboriú. O evento é uma iniciativa do Didge Steakhouse Pub e neste ano contará com a participação de 16 grupos, que se enfrentarão todas as terças-feiras até chegar à grande final.
O idealizador do festival, Beto Moser, explica que mesmo com a falta de incentivo na cena cultural da região, o Didge segue acreditando no projeto. “Nosso principal obejetivo é estimular e revelar novos talentos musicais da região”, diz. Grande parte dos grupos que se apresentam é formado por jovens universitários na faixa etária dos 18 anos. Todas as bandas terão que apresentar pelo menos uma composição própria.
A maior novidade são os prêmios dessa edição, totalmente voltados para a cena musical. A banda vencedora vai ganhar a criação de sua identidade visual completa, com fotos e logomarca, cedidos pelo Estúdio de Design Gustavo Seeling, a gravação de um videoclipe, que será feito pelo canal Milkie TV, um EP com duas músicas gravadas pelo Estúdio “S”, kit com roupas e acessórios BMoser Simple Life e passaporte para o parque Beto Carrero World.
A criação da identidade visual e o passaporte também valem para a banda que conquistar o segundo lugar na competição. Para Douglas Manfré, vocalista da banda The Kreevos, que foi a grande vencedora da última edição do Didge Garage Band, o evento foi um divisor de águas para ele e seus companheiros. Ele e os colegas de grupo, Pedro Salvodi (baixo e vocal), Marcelo Masson (bateria) e Gustavo Amprsi (guitarra) se conhecem há anos, mas se uniram como banda especialmente para participarem do concurso do Didge. “Era difícil encontrarmos lugar para tocar sem alguma ‘credencial’. Tentamos com alguns lugares, sem sucesso. Foi aí que descobrimos que iria rolar o Garage Band”, relembra.
Apesar da insegurança inicial, o grupo foi passando por todas as fases, até chegarem na final, onde venceram e entraram para a história do pub australiano. “O concurso foi fundamental para nos unir como banda e nos organizamos dentro de nossas propostas musicais. O Garage Band foi esse ponto de mudança para nós, em que pudemos ver que poderíamos sim nos profissionalizar e seguir com esse sonho”, explica. Douglas salienta também a parceria que foi formada entre as bandas participantes e opina que a região precisa desse fortalecimento, principalmente na cena do rock. “Isso abriu portas para tocarmos em outros lugares, nos tornamos uma referência”, diz.
Hoje a banda está caminhando cada vez mais para seguir no caminho autoral, focando em composições próprias. “Ainda estamos tocando covers, porque eles movimentam e fazem parte do repertório, mas estamos cada vez mais focados em apresentar e compor nossas próprias músicas. Acredito que esse é o próximo passo para evoluirmos ainda mais. É muito bom olharmos para trás e ver onde estamos agora”, conta.