Uma investigação detalhada revela um sofisticado esquema de fraude financeira envolvendo a empresa DI10 Assessoria Financeira LTDA, cujo proprietário, Jeferson Rothermel, é suspeito de lesar várias vítimas, resultando em prejuízos financeiros significativos. Através de promessas de altos rendimentos e sem qualquer risco de perda do capital investido, o suspeito conseguiu seduzir investidores incautos, incluindo o próprio primo, que investiu uma quantia inicial de R$ 200 mil.
O modus operandi do suspeito era convincente e bem elaborado. Ele convencia seus clientes a fornecerem capital para investimento em ativos financeiros, prometendo retornos mensais superiores a 12%. Os lucros obtidos com esses investimentos eram supostamente repassados mensalmente aos investidores, com o suspeito retendo 40% do lucro bruto como remuneração.
Inicialmente, a primeira vítima recebeu religiosamente os lucros prometidos, totalizando cerca de R$ 16 mil por mês. Essa aparente segurança incentivou-o a investir cada vez mais, chegando ao ponto de contrair um empréstimo bancário de R$ 700 mil, vender bens como um jet ski avaliado em mais de R$ 100 mil, um veículo Porsche 911 de mais de R$ 800 mil, e entregar dois imóveis avaliados em R$ 1,65 milhão, além de convencer outros parentes a investir também. De acordo com os levantamentos realizados, incluindo valores em espécie e bens transferidos, estima-se que o total investido ultrapassa a marca de R$ 6 milhões.
Jeferson, em determinado momento, passou a sugerir que os lucros fossem reinvestidos na carteira, retendo uma parte do valor devido aos investidores. Isso gerou ainda mais preocupação quando o suspeito começou a atrasar substancialmente os pagamentos a partir de outubro de 2022.
No entanto, o cenário mudou drasticamente quando os investidores pararam de receber qualquer valor sem nenhuma justificativa plausível. A suspeita de que se tratava de um golpe ganhou força, levando as vítimas a registrarem boletins de ocorrência.
As vítimas do esquema, que podem ser encontradas nas cidades de Balneário Camboriú, Camboriú, Blumenau, Pomerode, Navegantes, entre outras, compartilham histórias semelhantes de perdas financeiras significativas e sentimento de terem sido enganadas. Agora, elas tentam encontrar maneiras de reaver o dinheiro investido.
O caso foi classificado pela polícia como esquema de pirâmide financeira, uma vez que o primo do suspeito, ainda que ingenuamente, se tornou coparticipante quando levou outras vítimas a investir, em troca de uma porcentagem dos ganhos delas.
A Polícia Civil está investigando o caso.