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PM e GM omitem ocorrências de violência e criminalidade em Balneário Camboriú

Polícia Militar e Guarda Municipal tem omitido informações sobre as ocorrências aos veículos de imprensa

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Parece filme repetido, mas a prática de esconder da população as ocorrências de violência e criminalidade voltou a ocorrer em Balneário Camboriú.

Tanto a Polícia Militar quanto a Guarda Municipal possuem grupos de relacionamento com a imprensa no WhatsApp, ambiente virtual onde as ocorrências e notícias institucionais são distribuídas para divulgação, e também onde jornalistas podem tirar suas dúvidas.

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Há certo tempo que ocorrências relevantes sobre criminalidade não são mais espontaneamente divulgadas nestes grupos. Quando a imprensa obtém essas informações de forma extraoficial e questiona às forças de segurança do município, é que a ocultação das ocorrências se torna ainda mais evidente. As respostas não chegam ou quando chegam, as informações são mínimas e imprecisas, muitas vezes tratando a informação como batata quente, com uma instituição jogando a responsabilidade de informar para o colo da outra.

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No primeiro pedido, no dia 09/02, a “batata quente” foi jogada para o colo da GM. No segundo, no dia 21/02, foi a vez de jogar no colo do Corpo de Bombeiros.

A reportagem do Click Camboriú passou a monitorar a omissão de informações na segunda semana de fevereiro, quando a Polícia Civil divulgou que havia prendido um casal que matou um homem na Praia dos Amores no dia 29 de janeiro — ocorrência de extrema relevância, que a imprensa só teve conhecimento no dia 09 de fevereiro, mais de 10 dias depois, após a prisão dos autores. Segundo a PM, a ocorrência foi atendida pela GM, por isso não podiam prestar informações. A GM nada informou.

Outra ocorrência que, aparentemente não envolve violência, mas trata-se de um óbito, é referente a uma mulher encontrada morta na praia central, na madrugada do dia 21 de fevereiro. Quando a reportagem tentou buscar informações com a PM, recebeu como resposta um link para o Instagram do Grupo de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros Militar, embora os próprios bombeiros tenham informado que a ocorrência foi iniciada e registrada pela PM, que também ficou responsável pelo corpo e por acionar e aguardar a chegada do IGP.

A percepção de que as informações são omitidas ganhou ainda mais evidência quando a PM foi questionada sobre uma ocorrência onde um homem foi baleado na rua Corupá no dia 21 de fevereiro. Nenhuma resposta. Silêncio absoluto. Talvez porque a denúncia era de que um suposto traficante (segundo boletim de ocorrência) foi baleado por um policial de folga supostamente alcoolizado (segundo testemunhas) e ficado gravemente ferido.

Um fato ainda mais recente, que gerou indignação dos profissionais da imprensa, é sobre uma ocorrência de tentativa de latrocínio no Pontal Norte na madrugada de quinta-feira, 03. Segundo informações extraoficiais, um homem levou duas facadas, na cabeça e no peito, após ter o celular roubado. Ele foi andando do final do deck até em frente à roda gigante, onde recebeu atendimento. A vítima teria perdido muito sangue, de acordo com testemunha.

Sobre essa ocorrência, a PM informou: “Quando a guarnição chegou ao local, Guardas Municipais já faziam o atendimento da ocorrência, ficando responsáveis pela mesma”. Já a GM informou: “A Guarda Municipal foi acionada via Central 153, pra prestar apoio ao SAMU no atendimento a vítima. Casos de investigação ficam a cargo da Polícia Civil”. A PM esclareceu que: “o relato e condução da ocorrência, fica a cargo da instituição que chega primeiro ao local. Pois não há como, por exemplo neste caso, a PM assumir uma ocorrência, onde o atendimento já começou por outra instituição, devido a testemunhas/provas, e preservação do local do crime”.

A Guarda Municipal que era a responsável pela ocorrência, era a responsável por registrá-la, mas… “Não foi registrado Boletim de Ocorrência, pois quando a Guarda Municipal foi acionada via 153, o homem estava esfaqueado e com sinais de embriaguez e a agressão já havia acontecido”, alegou a assessoria da GM.

Enfim, a quem interessa esconder as ocorrências de violência e criminalidade em Balneário Camboriú?

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