A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú, recuperou nessa segunda-feira (16) um bebê que havia sido vendido pela mãe em Camboriú/SC, a um casal da cidade de Palmas/PR.
Através de uma denúncia recebida pelo Conselho Tutelar de Camboriú, os policiais da DIC iniciaram às investigações no final do mês de agosto. A mãe da criança, Jenifer Costa Capistrano, de 18 anos, foi localizada e interrogada, e, depois de efetuadas as devidas diligências, o delegado Osnei Valdir de Oliveira representou pela medida cautelar de busca e apreensão no imóvel do casal que estava com a criança, bem como da própria criança.
A medida foi prontamente deferida pela Vara Criminal da Comarca de Camboriú que expediu um mandado de busca e apreensão da criança e no imóvel, e visando o cumprimento da medida cautelar, o Delegado e uma equipe de policiais se deslocaram até Palmas, onde localizaram e resgataram o bebê, bem como procedida a apreensão de documentos relacionado ao caso. O Conselho Tutelar de Camboriú acompanhou a ação policial e ficaram responsabilizados pelo transporte da criança até Camboriú.
A mãe, que no início da gestação era adolescente, contudo, quando do nascimento era imputável, vendeu o próprio bebê em Camboriú e teria recebido R$ 600 (seiscentos) reais por mês durante o período gestacional. Moradora do bairro Monte Alegre, em Camboriú, a mãe quis abortar a criança, uma menina, mas houve uma intermediação entre uma mulher identificada como Leoci Aparecida Padilha que acabou negociando o bebê para o irmão Jeferson de Alalanna (25) e a cunhada Ana Cláudia Schneider (25) da cidade de Palmas – PR. O pai da criança é um adolescente de 17 anos de idade morador do bairro Monte Alegre.
O casal não poderia ter filhos, e, diante da possibilidade, mediante recompensa financeira receberam a menina logo depois do nascimento, restando configurada “a adoção à brasileira”. A criança que completa nesta terça-feira (17) três meses de idade, foi registrada na cidade de Matinhos – PR, onde nasceu, dois dias após o parto.
O casal que realizou a adoção, a mãe biológica e a pessoa que intermediou a venda da criança, não foram detidas, uma vez que os mandados de prisão preventiva representados pela Autoridade Policial não foram decretados pela justiça.
Na continuidade das investigações os demais envolvidos serão interrogados no Inquérito Policial que apura o cometimento em tese dos crimes de tráfico de bebê, supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido, sem prejuízo de outros crimes que poderão surgir com a apuração dos fatos.
A criança foi encaminhada a um abrigo e será disponibilizada para adoção.
Tiraram essa criança de um lar onde com certeza ela teria uma vida melhor, tendo educação, amor e alimentação. Essa criança com certeza no futuro vai ser mais uma vítima da marginalidade, pois a mãe não a desejava, tanto é que queria o aborto. Um absurdo isso!!!