Click Camboriú Polícia Chefe de quadrilha que vendia carros furtados morava em Balneário Camboriú

Chefe de quadrilha que vendia carros furtados morava em Balneário Camboriú

Uma quadrilha que recebia carros furtados no Sul do Brasil, clonava e revendia os veículos nos três estados da região foi desarticulada ontem. O grupo tinha o Litoral Norte de Santa Catarina como base, e o chefe morava em Balneário Camboriú. A quantidade de documentos falsos encontrados indica que pelo menos cem carros foram comercializados, informou a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

O delegado de Furtos e Roubos de Veículos da Deic, Alexandre Oliveira, afirmou que a quadrilha era liderada por J.B.B. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma ao ser encontrado com um revólver calibre 38 e uma pistola calibre 22. Todos os carros clonados pelo grupo passariam por ele, que fazia o contato com os vendedores e os falsificadores.

A investigação que levou até J.B.B. começou em abril passado. A Secretaria da Segurança Pública montou uma força-tarefa para combater o alto índice de criminalidade em Camboriú. Uma equipe da Divisão de Furtos e Roubos atuou na região e descobriu o esquema. A primeira prisão foi em agosto de 2008. Um homem foi detido vendendo um Golf em Navegantes. Ele também tinha um Vectra em Balneário Camboriú. Os dois carros eram clonados.

A Deic concentrou esforços para descobrir o falsificador. A investigação levou a J.B.B. e a dois homens que forneciam os documentos adulterados. O delegado disse que, na casa de um deles, havia matrizes para carteiras de identidade, certificados de registros de carros, selos autentificados de cartórios usados em procurações e documentos de licenciamento de carros do Amapá.

– O cara era um cartório ambulante a serviço da quadrilha – afirmou o delegado Alexandre.

Foram cumpridos oito mandados de prisão temporária em Itajaí, Penha, Itapema, Balneário Camboriú, Santo Ângelo (RS) e São José dos Pinhais (PR). Os criminosos detidos em outros estados serão transferidos para a sede da Deic, na Capital.

Clientes eram criminosos conhecidos da quadrilha

O delegado disse que os compradores agiram de má-fé – o baixo preço dos carros era indício de que havia irregularidade. Uma mulher foi presa ontem por fechar negócio com J.B.B. O policial informou que a maioria dos compradores era gente ligada a crimes.

Fonte: Diário Catarinense

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