Click Camboriú Notícias Saúde Terceira captação de órgãos deste ano foi realizada no Hospital Ruth Cardoso

Terceira captação de órgãos deste ano foi realizada no Hospital Ruth Cardoso

Foram captados globos oculares, pulmão, fígado, pâncreas e rins

Divulgação
cirurgia Ruth Cardoso
Ilustração

Mais uma captação de órgãos foi feita no Hospital Municipal Ruth Cardoso (HMRC), neste domingo, 11. Essa é a terceira de 2018 e foram captados globos oculares, pulmão, fígado, pâncreas e rins. De acordo com o Decreto Presidencial nº 9.175/2017, a destinação dos órgãos é confidencial, preservando a identificação do doador e dos receptores.

O Ruth Cardoso é o hospital catarinense com a menor taxa de negativa familiar para doação de órgãos. No ano passado, o HMRC fez 19 diagnósticos de morte encefálica e apenas três famílias negaram a doação, enquanto as outras 14 disseram sim à captação de órgãos. Também houve um crescimento na captação de órgãos de 2016 para 2017. Em 2016 foram 14 notificações de morte encefálica e 9 doações (60% de autorização). O índice de Balneário Camboriú é melhor que a média nacional, onde a negativa familiar para doação de órgãos foi de 43% em 2016.

“Não temos grandes tecnologias, mas temos uma UTI adulto que conta com profissionais extremamente competentes e uma equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) empenhada em assistir os familiares dos possíveis doadores”, disse o coordenador médico e responsável técnico da UTI, César Meirelles.

Abordagem das famílias

O HMRC e os hospitais que lidam com a doação de órgãos possuem profissionais que fazem parte da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Essa equipe é formada, no Ruth Cardoso, por um médico e quatro enfermeiros. Esses profissionais são responsáveis pela busca ativa de possíveis doadores. O possível doador é aquele paciente que tem uma lesão neurológica grave e está respirando com a ajuda de aparelhos (em ventilação mecânica).

“Não temos grandes tecnologias, mas temos uma UTI adulto que conta com profissionais extremamente competentes e uma equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) empenhada em assistir os familiares dos possíveis doadores”

Um dos diferenciais do hospital é o acolhimento dado às famílias durante todo o tratamento do paciente. A equipe acompanha as famílias, orientando e respondendo a todos os eventuais questionamentos que surgirem durante o processo. A doação de órgãos só é abordada após a equipe médica confirmar o diagnóstico final de morte encefálica (equipe essa que não tem relação nenhuma com a CIHDOTT. “Geralmente, nessa conferência familiar, estão presentes o médico assistente, um enfermeiro pertencente à equipe da CIHDOTT, o psicólogo e a assistente social”, explicou o coordenador da enfermagem da UTI, Grey Robson Felippi.

Doação de órgãos

Um doador pode doar coração, dois pulmões, dois rins, fígado, tecido ocular, pâncreas, válvulas cardíacas, pele e tecido ósseo. A maioria dos doadores tem entre 50 e 64 anos e, ao contrário do que se pensa, a idade avançada não é uma contraindicação à doação. Grande parte dos órgãos doados ficam em Santa Catarina, mas cerca de 25% são enviados para outros estados, como o Rio Grande do Sul e São Paulo. Em Santa Catarina, o Hospital Santa Isabel é o que faz mais transplantes: até novembro de 2017 o hospital realizou mais de 250 transplantes, grande parte deles de fígado e rins.

Sair da versão mobile