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Hospital Ruth Cardoso investe na humanização do parto

Algumas das mudanças implantadas no hospital são simples, mas deram importantes resultados

PARTOS HMRC SORAYA DA SILVA 13
Divulgação

O Dia das Mães de 2017 sempre será lembrado com carinho por Bruna Jaqueline Maçaneiro. É que foi neste dia, que ela deu a luz à Martina, sua primeira filha. O nascimento, de parto normal, foi realizado no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, e acompanhado de perto pelo marido, Roberto Barbosa. “Cheguei no hospital com dor e com medo, mas fui tão bem atendida que o medo passou e pude viver um dos momentos mais mágicos da minha vida”, contou a mãe. “Fiquei perto dela o tempo todo, desde que foi internada até durante o parto, e agora continuo aqui perto dela, enquanto a Martina está aprendendo a mamar”, contou o pai.

Neste ano, dos 972 nascimentos registrados de janeiro a abril no Ruth Cardoso, 665 deles foram normais. O número significativo de procedimentos naturais, se deve às mudanças feitas no hospital para o acolhimento das gestantes e humanização do parto. “Estamos devolvendo às gestantes o protagonismo no parto”, contou a coordenadora da Maternidade e Obstetrícia, Tatiana Assis. No hospital, elas têm liberdade de movimentação, podem optar pelo parto em pé, no chuveiro, na cama e com alívio da dor. Também são utilizadas técnicas como aromaterapia e bola suíça.

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Os partos normais realizados pelo hospital correspondem a 68,4% do total dos nascimentos, número bem acima da média estadual, que no ano passado foi de 42,7%. No Ruth Cardoso, a maioria dos nascimentos naturais tiveram o auxílio de enfermeiros, sem intervenções como episiotomia (incisão efetuada na região do períneo) o que diminui os riscos de infecção e de contaminação. “Nossos enfermeiros atuam como as doulas, bastante conhecidas nos partos humanizados particulares. Os médicos supervisionam o trabalho dos enfermeiros, mas realizam os partos quando há algum risco para a mãe ou bebê ou quando há necessidade de cesariana”, contou Tatiana.

Algumas das mudanças implantadas no hospital são simples, mas que deram importantes resultados. A primeira delas foi a troca de local para recebimento das gestantes. Antes, elas eram recepcionadas no Pronto Socorro do hospital, junto com os mais variados pacientes, dentre eles vítimas de acidentes. Agora, foi criada uma recepção exclusiva para a maternidade e os leitos foram separados com cortinas, para dar mais privacidade às gestantes. “Antes, mesmo quando chegavam na maternidade, as pacientes ficavam meio perdidas, porque não tinha recepcionista aqui, elas precisavam tocar uma campainha para que, depois de algum tempo, fossem atendidas” disse Tatiana.

O hospital também implantou a classificação de risco. Antes, as gestantes eram atendidas conforme a ordem de chegada. Agora existe um Protocolo de Classificação de Risco que visa garantir o atendimento imediato de urgências e diminuir o tempo de espera. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a data provável do parto (DPP) é calculada para 40 semanas podendo chegar a 41. Por isso, é comum que as gestantes procurem o hospital sentindo alguma dor e sejam encaminhadas para casa. “É comum as gestantes entrarem em falso trabalho de parto, uma semana antes do nascimento. Quando isso acontece, as gestantes são acompanhadas a cada dois dias, sendo realizados exames específicos para verificar a saúde do bebê. Quando completam as 41 semanas e não há evolução para o parto natural, a paciente é internada para conduta médica para o nascimento”, explica a coordenadora da maternidade.

Foi o que aconteceu com Sarandina Wiquenson. A haitiana, que teve seu primeiro filho no Brasil, estava sendo acompanhada durante uma semana. Quando as 41 semanas se completaram, foi necessária a indução do parto para que o pequeno Anselande pudesse nascer. “Me trataram com muito cuidado. Consegui ter parto normal” contou Sarandina.

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