O Departamento de Endemias de Camboriú divulgou nesta semana o resultado da pesquisa feita para medir o risco de infestação do mosquito Aedes Aegypti na cidade. A equipe constatou que Camboriú está na zona de médio risco, a partir das análises feitas com a supervisão da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive).
O supervisor de campo do Programa de Combate à Dengue, Fábio Murilo de Souza, destaca que a pesquisa é uma ferramenta importante para direcionar o trabalho e as ações das equipes, já que apresenta o tamanho e a distribuição da infestação por tipo de criadouro nas diferentes regiões do município. Além disso, a realização da pesquisa permite que o Município busque recursos em programa específico do Governo do Estado para potencializar os trabalhos.
Fábio explica como foi feita a pesquisa: “Foram coletadas larvas de mosquitos, que foram depois avaliadas em laboratório. Isso porque apenas o Aedes Aegypti representa risco à população. As outras espécies, comuns na região, como o Cullex (pernilongo) e Aedes Albopicthus, não apresentam risco”. A pesquisa contou com 1.115 imóveis visitados. Foram 46 amostras coletadas, nas quais foram encontradas 319 larvas. Deste total, 81 foram identificadas como sendo do Aedes Aegypti.
146 focos já registrados
O Programa de Combate à Dengue, à Zika e à Chikungunya registrou 146 focos do mosquito desde janeiro. Os bairros com maior incidência são o Taboleiro, com 54 focos, e o Monte Alegre, com 52.
O secretário de Saúde, Ronnye Peterson dos Santos, explica que houve contratações de novos agentes de endemias neste ano e que outras serão feitas nas próximas semanas. “A equipe tem feito um trabalho intensivo nos bairros de maior índice, além do monitoramento de armadilhas em toda a cidade e a verificação de denúncias da comunidade”, explica.
Apesar do grande número de focos, nenhum caso das doenças que o mosquito transmite (dengue, zika, chikungunya e febre amarela) foi registrado em Camboriú. Isso ocorre porque é preciso que o mosquito esteja infectado com um dos vírus para passar a doença. “Nossa preocupação é que, se ocorrer uma contaminação, com tantos focos ela poderá atingir muitas pessoas rapidamente”, analisa o secretário. No ano passado, seis moradores de Camboriú tiveram dengue, mas em todos os casos a contaminação ocorreu em outras cidades.
Fábio pede que a população também faça a sua parte e não deixe água parada. “É muito importante que tudo o que for de água parada e limpa não acumule por mais de uma semana. Então é preciso ficar atento para trocar a água do cachorro, verificar as calhas, a caixa da água, os pneus, os lixos jogados na rua, em lonas, tudo o que acumular água deve ser verificado. Precisamos nos unir e combater à Dengue”, destaca. Para denunciar ou tirar dúvidas sobre possíveis focos do mosquito, os moradores podem entrar em contato pelo telefone (47) 3365 9400.
Número de focos do mosquito por bairro
Bairro | Número de focos |
Taboleiro | 54 |
Monte Alegre | 52 |
Centro | 20 |
Lídia Duarte | 12 |
Areias | 5 |
São Francisco | 2 |
Rio Pequeno | 1 |
Santa Regina | 0 |
Cedro | 0 |
Várzea do Ranchinho | 0 |
TOTAL | 146 |