Depois de passar por uma epidemia de dengue em 2015, Itajaí conseguiu zerar os casos da doença nos 100 primeiros dias desse ano – considerados o período de maior proliferação do mosquito Aedes Aegypti. O resultado é fruto do trabalho intenso dos agentes de endemias, que fizeram mais de 84 mil visitas a residências, comércios, terrenos baldios, armadilhas e pontos estratégicos somente em 2017.
Os números desse ano apontam ainda uma redução de 78% nos casos suspeitos da doença em relação ao ano anterior. No mesmo período de 2016, por exemplo, o município havia registrado 63 casos positivos de dengue. Já em 2015, nessa época, havia 2.453 confirmações de pacientes com dengue.
“Essa redução se deve a diversos fatores. Neste ano, além de darmos continuidade ao trabalho de orientação em todos os bairros, reativamos a Sala de Situação municipal, que tem sido muito importante para definir ações conjuntas de combate à dengue”, destaca o coordenador do Programa de Controle da Dengue, Lúcio Vieira.
Cuidado continua
Apesar do cenário positivo, a Secretaria de Saúde continua intensificando as atividades de orientação e eliminação de criadouros no município para evitar novos casos no próximo verão. Nesta semana, as equipes de agentes de endemias estão percorrendo os bairros Praia Brava, Barra do Rio e Fazenda. De acordo com Vieira, a população também não deve descuidar do combate ao mosquito, principalmente durante o período de chuvas.
“Os ovos do Aedes Aegypti podem sobreviver sem água por até 450 dias e com as chuvas eles acabam eclodindo. Por isso, os moradores devem continuar eliminando recipientes que possam acumular água”, reforça o coordenador.
Além das visitas dos agentes, a Sala de Situação municipal segue com reuniões quinzenais entre as secretarias e órgãos públicos envolvidos. Durante o encontro são definidas importantes estratégias de combate à doença, como mutirões, palestras, ações de fiscalização em imóveis irregulares, recolhimento de veículos abandonados, entre outras atividades.
“Uma das próximas metas que queremos colocar em prática é com relação aos imóveis residenciais de acumuladores. Muitos desses locais têm grande acúmulo de materiais, que podem se tornar criadouros”, pontua Vieira.