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Pessoas com transtorno de espectro autista têm dificuldades de conseguir tratamento especializado

Vereadora quer informações sobre tratamento de pessoas com transtorno de espectro autista

Há 10 anos, Gisele Czarnieski, moradora de Camboriú, busca tratamento especializado para a filha que tem transtorno de espectro autista.

A menina, hoje com 14 anos, precisaria de tratamento com especialistas e de forma contínua. “Já nem sei mais em quantas portas eu bati atrás de ajuda”, comenta Gisele. Quando esta ajuda vem, é apenas por período.

A filha já teve acompanhamento de fonoaudiólogos e fisioterapeutas, mas sempre com tratamento limitado em tempo.

Pela Secretaria de Saúde, foi encaminhada ao Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual – CER, ligado à Univali, mas o tratamento foi encerrado após um ano porque o local atende toda a região.

Gisele acredita que a terapia ocupacional também seria muito importante para o desenvolvimento da filha.

Para a menina, pequenas atividades do dia a dia, como pentear o cabelo, são difíceis. “Eu quero que outras pessoas possam ter acesso a este tratamento especializado antes, para que não passem por isso”, afirma.

Gisele e outros pais já relataram estas dificuldades para o Ministério Público. E, esta semana, a vereadora Jane Stefenn (PSDB) apresentou um requerimento solicitando informações sobre os tratamentos oferecidos pela Secretaria de Saúde para pessoas com transtornos de aspecto autista.

O requerimento, aprovado na terça-feira, dia 23 solicita ainda respostas sobre a possibilidade de convênio com a Associação de Amigos do Autista (AMA) de Balneário Camboriú.

Jane destaca que uma lei federal de 2012 garante, entre os direitos da pessoa direitos da pessoa com transtorno do espectro autista, o atendimento multiprofissional. Para Gisele, o convênio com a AMA seria o ideal.

“O que eles precisam é que as suas habilidades sejam identificadas e desenvolvidas.

Uma época eu queria muito que minha filha conseguisse ler e escrever. Agora, eu quero que ela possa se desenvolver de alguma forma, melhorar a vida dela e de outras pessoas com autismo”, finaliza Gisele.

“Com o requerimento, quero saber o que tem sido feito em Camboriú e de que maneira a Secretaria pode colaborar com estas famílias. Elas precisam ter seus direitos garantidos”, defende a vereadora.

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