O plenário do senado derrubou na noite desta terça-feira (02/08) a resolução de 2011 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, que proibia a venda de inibidores de apetite, agora medicamentos produzidos a base de substâncias como a anfepramona, femproprex e mazindol podem ser comercializados.
Como se trata de um decreto legislativo, a decisão entra em vigor no momento de sua publicação no Diário Oficial sem passar pela sanção presidencial.
A Anvisa defende que a proibição dos medicamentos aconteceu porque há poucos estudos clínicos que comprovam a eficácia dos remédios e muitos que mostram os malefícios causados a quem ingere os medicamentos como, por exemplo, hipertensão pulmonar, arterial e distúrbios psiquiátricos causados nas pessoas que usam os produtos.
O médico pós graduado em nutrologia, Dr. Fernando Querne, concorda que os medicamentos têm contraindicações, mas diz que pacientes que estão acima do peso ficaram reféns com a restrição.
“Há quem faça o uso indevido dos medicamentos, mas muitas pessoas fazem o uso terapêutico. Há obesos que precisam ser medicados, não apenas por uma questão de estilo de vida, mas sim por problemas sérios de saúde. A obesidade é uma doença e precisa ser encarada como tal e tratada adequadamente, pois assim vamos também evitar o surgimento de outras doenças que a obesidade provoca” explica Dr. Fernando.
O projeto para liberar o consumo de medicamentos proibidos pela Anvisa foi apresentado pelo deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pela ex-senadora Marina Silva.