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Formação de comissão de vereadores para auxiliar o Hospital Pequeno Anjo já se arrasta há dois meses

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O Hospital Infantil Pequeno Anjo, administrado pela Univali, passa por uma grande crise financeira. A importante unidade de saúde atende crianças de 0 a 14 anos de idade, mas corre o risco de fechar o pronto-socorro e reduzir em 50% os leitos destinados ao SUS, a partir de 1º de julho, se não houver um compromisso efetivo dos municípios da região e do Estado de Santa Catarina no custeio das despesas. A Câmara de Vereadores de Itajaí também poderia auxiliar oficialmente na captação de recursos ao hospital, mas, infelizmente, a indicação dos membros para formar uma comissão parlamentar se arrasta há dois meses.

No dia 6 de março, um requerimento foi apresentado no Legislativo pedindo a formação de uma Comissão Parlamentar Especial de Vereadores, para estudar maneiras de viabilizar recursos ao Pequeno Anjo. O problema é que 60 dias se passaram e nada dos integrantes serem definidos. “A situação do hospital é muito grave. O Pequeno Anjo tem um custo anual de R$ 12 milhões, mas sua receita no mesmo período é de apenas R$ 4,8 milhões. A Câmara de Vereadores, através de uma comissão oficial, poderia auxiliar de uma melhor maneira na cobrança das autoridades competentes, mas é lamentável que essa indicação dos membros se arraste por tanto tempo”, lembra o vereador Thiago Morastoni (PT), que se colocou à disposição para fazer parte do grupo.

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Sem cirurgias

O parlamentar também alerta que hoje não estão sendo realizadas cirurgias no local, por causa da falta de anestesistas. “O grupo de anestesistas do Pequeno Anjo solicitou desligamento a partir do dia 1º de maio. O fato compromete os atendimentos de urgência e emergência de cirurgia geral, ortopedia e neurocirurgia. Infelizmente, várias cirurgias já foram canceladas e as crianças, nos casos mais graves, estão sendo encaminhadas Joinville e Florianópolis”, revela Thiago Morastoni.

A Univali deu prazo até dia 30 de junho para que as despesas operacionais da unidade de saúde sejam compartilhadas. O auxilio pedido é de R$ 600 mil/mês, para cobrir os R$ 7,2 milhões de déficit anual que o hospital tem hoje.

O Pequeno Anjo atende cerca de 38 mil crianças somente no pronto-socorro, vindas de Itajaí, Navegantes, Balneário Camboriú, Camboriú, Penha, Balneário Piçarras, Ilhota, Luís Alves, Itapema, Porto Belo e Bombinhas. Em média, são realizadas 3,6 mil internações por ano.

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