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33 escorpiões amarelos são recolhidos esta semana em Itajaí

Fêmea com 12 filhotes em Cordeiros chamou a atenção

escorpião ocm filhotesMais 33 escorpiões amarelos (Tityus serrulatus) foram retirados do meio ambiente esta semana em Itajaí. O número é resultado de duas noites seguidas de operações de busca ativa realizadas pela equipe do Núcleo de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde, que estiveram na terça-feira (15), nos bairros Cordeiros e São Vicente – onde fizeram quatro buscas ativas e quarta-feira (16), em Cordeiros – com 11 buscas ativas efetuadas.

Dentre os 33 animais coletados nos últimos dias, 19 foram capturados pela equipe do NCZ e os outros 14 foram entregues pela comunidade aos profissionais da Secretaria de Saúde, no que tecnicamente é chamado de ‘demanda espontânea’. Em Cordeiros, uma demanda espontânea, aliás, chamou a atenção dos técnicos, por tratar-se de uma fêmea com 12 filhotes nas costas.

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Com isso, os números gerais de 2016 em relação às atividades de controle à proliferação dos escorpiões em Itajaí são os seguintes:

Ações de Busca Ativa: 43
Demanda Espontânea: 06
Total de animais coletados: 80 – sendo:
Escorpião Amarelo capturado em Busca Ativa: 58
Escorpião Amarelo em Demanda Espontânea: 19
Escorpião Marrom capturado em Busca Ativa: 02
Escorpião Marrom em Demanda Espontânea: 01

O trabalho de conscientização da comunidade e controle à proliferação dos escorpiões em todo o município é uma atividade permanente da Secretaria de Saúde de Itajaí. O objetivo é evitar que a cidade sofra com infestações de grande porte, como já ocorre em outros pontos do país. Recente reportagem de uma importante revista de circulação nacional destaca, por exemplo, que mais de cem escorpiões foram capturados em apenas um bairro de São Paulo, no período de uma semana. E traz a perspectiva de um pesquisador para o crescimento de 70% nas infestações em dois anos.

Dados de 2015

Em 230 buscas ativas realizadas no ano passado, o total de escorpiões coletados pelo Núcleo de Controle de Zoonoses somou 792. Deste total, 99 foram da espécie Tityus bahiensis (marrom), capturados na zona rural. E 693 da espécie Tityus serrulatus (amarelo), recolhidos tanto na área rural quanto no perímetro urbano. Quatro pessoas foram picadas por escorpiões no último ano no município. Um casal, em dezembro, e duas mulheres, uma em julho e outra em setembro.

Orientações

A picada de escorpião faz com que a pessoa sinta uma dor intensa e imediata no local e é acompanhada por vermelhidão, muitas vezes sem evolução. A maior preocupação está em acidentes com as crianças e idosos, que é quando os sintomas podem evoluir com maior gravidade.

Em caso de acidentes, o indicado é lavar o ferimento com água e sabão e imediatamente procurar a unidade de pronto atendimento mais próxima. Se possível, levar o animal para que a equipe que irá atender o paciente possa identificar a espécie que o picou.

Na unidade de saúde, o paciente passa por avaliação da picada e dos sintomas que apresenta. Fica em observação e recebe medicação para aliviar a dor. Caso seja necessário, é encaminhado ao hospital para aplicação de soro. No caso de crianças, elas devem ser encaminhadas ao Hospital Pequeno Anjo e os adultos ao Hospital Marieta Konder Bornhausen.

Se algum morador encontrar um escorpião em sua residência deve entrar em contato com o Núcleo de Controle de Zoonoses, no telefone (47) 3249-5571, para receber as orientações necessárias.

O que fazer em caso de acidentes:

Manter a vítima calma e deitada;
Tentar manter a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele;
Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno;
Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão;
Cobrir com um pano limpo;
Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear (apertar a circulação), em caso de inchaço do membro afetado;
Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento necessário;
Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o soro específico.

O que não fazer:

Não fazer torniquete – isso impede a circulação do sangue e pode causar gangrena ou necrose local;
Não cortar o local da ferida, para fazer ‘sangria’;
Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, pois poderá provocar infecção.

Limpeza:

A recomendação da equipe do Núcleo de Controle de Zoonoses é para que os moradores mantenham terrenos e quintais limpos, livres de entulhos e fechem bem seus pontos de armazenagem de lixo (sacos, lixeiras, latões, ou outros), pois os escorpiões se abrigam nestes locais e se alimentam de outros animais, como baratas, aranhas, cupins e até mesmo pequenos vertebrados.

E, além de evitar o escorpião, a limpeza do ambiente evita o surgimento de roedores e também que ocorra o acúmulo de água, importante para o controle do mosquito Aedes aëgypti.

Nas regiões onde têm aparecido estes animais, além da limpeza do ambiente, é recomendado fechar as soleiras das portas, cuidar com as frestas nas paredes e manter os ralos vedados. Ao deitar, a recomendação é para que a pessoa inspecione a cama, os lençóis e travesseiros. E também, verificar as roupas e sapatos antes de vesti-los, pois os escorpiões têm o hábito de ficar escondidos.

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