Click Camboriú Notícias Economia & Negócios Despesas de início de ano terão impacto ainda maior em 2021, alertam...

Despesas de início de ano terão impacto ainda maior em 2021, alertam especialistas do IBGPT

Pesquisa da CNDL e SPC Brasil mostra que 45% dos brasileiros tiveram piora na vida financeira por conta da pandemia

Imagem ilustrativa

Pagamento de IPTU, IPVA, seguros, material escolar, matrícula e os gastos de fim de ano jogados no cartão de crédito colocam os brasileiros numa tradicional sinuca financeira todo começo de ano. Para os especialistas do Instituto Brasileiro de Gestão e Planejamento Tributário (IBGPT), neste início de 2021 o cenário para quitar essas contas estará ainda mais complicado que em anos anteriores. Pesquisa recém-lançada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil em parceria com a Offer Wise Pesquisas mostrou que 45% dos brasileiros entram neste ano com uma situação financeira pior do que começaram 2020.

douglas herrero
Douglas Herrero, um dos diretores do Instituto Brasileiro de Gestão e Planejamento Tributário (IBGPT).

“Desvalorização do real, inflação, as dificuldades econômicas como o desemprego e a redução de renda que aconteceram por conta da pandemia faz com que as tradicionais despesas de início de ano tenham um impacto muito maior na vida financeira das pessoas. Soma-se a isso o cenário fiscal brasileiro ainda complexo e desigual”, explica o advogado e especialista em Direito Tributário e Empresarial, Douglas Herrero, um dos diretores do Instituto Brasileiro de Gestão e Planejamento Tributário (IBGPT).

Para quem é empresário, a situação também não é das melhores já que no começo do ano além das obrigações tributárias mensais ainda precisa arcar com renovações de alvarás e o pagamento de IPTU de seus imóveis comerciais, por exemplo. “Há um cenário preocupante pela frente porque teremos que reaquecer a economia e reduzir o desemprego para que nosso índice de inadimplência, endividamento e até o fechamento de empresas não aumente ainda mais em 2021”, alerta.

Para o especialista, a saída necessária a ser buscada – e que não depende necessariamente da retomada da economia e geração de emprego em um ambiente econômico e social como o atual – é colocar em prática o planejamento financeiro e tributário, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. “O brasileiro não é acostumado a planejar seus gastos, seus investimentos e muito menos os seus impostos. Obviamente que nenhum planejamento previu o que enfrentaríamos em 2020, mas quem tinha o mínimo conseguiu sobreviver com mais facilidade do que quem não havia feito planejamento nenhum”, esclarece.

Segundo ele, quais contas e impostos quitar à vista ou quais parcelar já é o começo de uma organização que pode livrar pessoas e empresas de dificuldades financeiras, e ainda aumentar as sobras no final do mês, seja no bolso da família ou no caixa do negócio próprio. “O universo tributário brasileiro é complexo e temos incontáveis pessoas e profissionais que não sabem nem que estão pagando a mais e podem ter esse dinheiro de volta em forma de crédito. Mas, para isso, o brasileiro precisa encarar o desafio de vencer a cultura de não planejar e de não querer entender melhor seja sobre impostos, seja sobre a vida financeira de maneira geral”, garante.

Sair da versão mobile