Dos 13 produtos analisados, dez tiveram queda de preço. Foram eles: o tomate (6,89%), o feijão preto (4,25%), o café em pó (3,92%), a banana branca (3,71%), o óleo de soja (2,76%), o açúcar (2,08%), a farinha de trigo (1,78%), o pão francês (1,39%), a manteiga (1,35%) e o leite LV (0,53%).
De acordo com os pesquisadores, o clima segue impactando nos custos e na qualidade dos produtos in natura, o que gera amplitude significativa de preços. “Para os próximos meses os preços dependerão, mais uma vez, das condições climáticas, do custo do combustível e da energia elétrica. O aumento do ICMS em Santa Catarina, em curto prazo, não deve impactar no valor dos produtos da cesta. Mas, a instabilidade política e econômica no Brasil e no exterior podem alterar os preços de commodities agrícolas e minerais no mercado internacional e a variação cambial no Brasil”, ressalta o professor Jairo Romeu Ferracioli, economista e professor responsável pelo projeto.
Poder de compra do trabalhador
Com essa queda houve uma ligeira melhora do poder de compra do trabalhador assalariado. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 40,22% em junho para 39,51% em julho, acima do custo de referência de 33,63%. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 86 horas e 54 minutos de um total de 220 horas mensais.