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Preço da cesta básica apresenta o terceiro aumento consecutivo em Itajaí

Tomate é o produto que mais impactou na alta registrada em abril

cesta basica mais cara
(Divulgação)

Pelo terceiro mês consecutivo, o preço da cesta básica subiu em Itajaí. Desta vez, o aumento foi de 3,33%, passando de R$383,39 em março para R$396,17 em abril. Com isso, o custo da cesta básica acumula uma alta de 9,09% neste ano e na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento é de 12,94%. Os dados são do Projeto Cesta Básica Alimentar da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que elabora o indicador com monitoramento da Uni Júnior, a partir de pesquisa realizada em seis supermercados da cidade.

Do painel de 13 produtos analisados, apenas três tiveram queda em seu custo, foram eles: a banana branca (2,05%), a farinha de trigo (0,97%) e o pão francês (6,42%). Os outros dez apresentaram alta e contribuíram para o aumento no valor total da cesta básica. O destaque entre eles foi o tomate, com 16,46% de elevação, sendo a terceira seguida. Além dele, foi registrada alta nos seguintes produtos: feijão preto (9,76%), batata (6,78%), leite (4,83%), óleo de soja (3,95%), carne (3,87%), arroz (2,87%), café em pó (2,44%), açúcar (0,47%) e a manteiga (0,14%).

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No ano, apenas a banana (9,95%) e o pão francês (3,02%) estão mais baratos. Os demais subiram, com destaque para o feijão preto (62,03%), o arroz (17,89%) e o tomate (15,81%).

De acordo com os pesquisadores, o clima segue impactando nos preços e na qualidade dos produtos in natura, com o registro de chuva em algumas regiões e secas em outras, alternando o ciclo de colheita e maturação dos produtos. Em geral, segundo eles, há uma elevação contínua e generalizada nos itens de origem agrícola, provocada pelo aumento no custo de produção. Outro fator que o grupo chama a atenção é para a elevação da carne bovina, que tem o maior peso na cesta básica e por isso impacta no custo total, além de abrir espaço para o aumento de preço de outros tipos de carne.

 “O comportamento dos preços nos próximos meses dependerá novamente das condições climáticas, do preço dos combustíveis e da energia elétrica que teve o preço alterado em abril e maio em função da seca em alguns reservatórios. Além disso, há a instabilidade política e econômica no Brasil e no exterior”, afirma Jairo Romeu Ferracioli, economista e professor responsável pelo projeto.

Poder de compra do trabalhador

Com esse aumento no custo da cesta básica, parte do aumento no valor do salário mínimo já ficou comprometido em relação a alimentos básicos, piorando o poder de compra do trabalhador assalariado, o custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 38,42% em março para 39,70% em abril, acima do custo de referência de 33,34%. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 87 horas e 20 minutos de um total de 220 horas mensais.

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